Diretor, Clínicos e partidarização

Vai demasiado cansativa e entediante a novela decorrente da nomeação do atual diretor clínico (DC) do SESARAM. Estamos cansados de ver a incompetência do Governo Regional (GR) no modo como está lidar com este assunto, a falta de verticalidade e de orgulho profissional do DC ao sujeitar-se a ser 2ª escolha e à contestação em curso apenas e só para satisfazer o protagonismo político de um CDS reduzido à sua expressão mínima na Assembleia Regional e que tenta por todos os meios ser protagonista por excesso de um poder governativo para o qual lhe falta legitimação eleitoral, e também pelos argumentos inconsistentes a todos os níveis dos clínicos que se opõem e à pouca credibilidade da sua argumentação ao invocar o argumento de uma eventual partidarização das funções como se no seio desse mesmo grupo de contestatários não houvesse também motivações de índole político partidária para essa mesma contestação. O cargo de DC é um cargo de nomeação e não de eleição. Portanto assiste ao GR o direito de nomear quem melhor entender para desempenhar o cargo. Aos clínicos contestatários assiste o direito de não “gostar” do nomeado o que não lhes assiste é o direito de contestar essa nomeação com considerações de caráter eminentemente político para invocar à priori que no exercício de funções o nomeado terá uma atuação de cariz partidário pois o argumento reverte contra eles próprios porque se poderá sempre dizer que não o aceitam por causa do seu próprio posicionamento político partidário ou porque alguns se sentiram preteridos pela nomeação não ter recaído neles, e não por qualquer outra razão substantiva. Ao atual DC resta a solução de defender a sua dignidade apresentando a sua demissão do cargo alegando que os seus pares não o aceitaram por despeito e motivações de caráter meramente político partidário. Ao GR resta aceitar a demissão e nomear para o cargo alguém com as devidas qualificações e que não esteja comprometido/a com esta novela rasca.