DesVentura dos fiéis da IURB

Um grupo de fieis devotos (GFD) da Igreja Universal do Reino do Benfica (IURB) expressou através de uma carta aberta o seu veemente repúdio por André Ventura (AV) também ele por sinal um fiel devoto da mesma igreja, ter-se servido do santo nome da IURB “para criar uma persona política” e assim ser eleito deputado pelo Chega à Assembleia da República nas últimas eleições. O GFD cioso da pureza imaculada da sua igreja faz na referida carta um apelo lancinante que toca o coração mais empedernido para que o digníssimo bispo e autoridade máxima da IURB D. Luís Filipe Vieira verbere publicamente AV pelo uso do santo nome da IURB em vão infringindo os seus mandamentos, um pecado a merecer castigo exemplar talvez mesmo a excomunhão. Em reforço da argumentação contra AV afirmam que “a instrumentalização política do Benfica – diminutivo de IURB - é errada por princípio” e que “neste caso, é ainda mais grave, porque o Chega é um partido de extrema-direita abertamente antissistema e xenófobo, isto é, um partido que é a negação da identidade do Benfica. O clube de Eusébio, Coluna, Renato e Gedson, entre outros, não pode ser associado a uma figura xenófoba”. Então o clube diga-se a IURB já não é dos sócios diga-se fieís? Já AV em sua defesa apresenta a declaração de princípios do Chega onde se declara como fundamental “proteger a dignidade da pessoa humana contra todas as formas de totalitarismo, a promoção do bem comum, a defesa do Estado laico e de uma justiça efetiva, um Estado mais reduzido, rejeita o racismo, xenofobia e qualquer forma de discriminação, quer igualdade de oportunidades para os portugueses e aposta no combate à corrupção e numa economia forte”. Não são princípios que encaixam na verborreia política de qualquer partido pró sistema? Há 4 anos foram 49.500 ovelhas tresmalhadas que o ladrão do rebanho desviou, agora foram 66.442. De acordo com o brilhante raciocínio do GFD, por este andar o ladrão do rebanho ainda chega a bispo da IURB.