Conto africano
O que se diria de um regime deposto, falido e rejeitado pelo povo saturado de abusos e desmandos, em que um todo poderoso corrupto, mandando mais que o virtual e empossado chefe, continuasse a estrebuchar através de blogs anónimos e cartas com nomes de ninguém ?
Sempre dirigidos a quem odeia pela simples razão de serem dele distintos e, para além de boa educação, terem conduta superior.
Um verdadeiro covarde cuja vilania desmascara o seu fundo podre e insolvente.
Tudo para manter o poder que a sua verborreia conquistou e pretende passar em via directa e descendente. Obviamente todo o animal quer mais para a sua cria, principalmente se esta tiver os mesmos apetites assassinos e a genética do abutre primogenitor.
Dir-se-ia que se tratava de um conto africano, no interior de um desfiladeiro onde mandam os gorilas escravizados pelo felino rei tirano. Por aquele que roubou em nome da quadrilha mas apenas a ele fez prosperar.
Livres da sua berraria rouca, resta-lhe a palavra escrita por acólitos medíocres e infelizes cuja vida se arrasta de forma errante e sem sentido. Sempre recebem umas moedas, do inculto e iletrado Alibabá, para traduzirem em palavras o seu vómito asqueroso.
A latitude africana deste conto não diminui nem desagrava os propósitos tenebrosos desse soba que a selva teve o azar de parir e criar. Até que apodreça e faça apodrecer os que ‘alapam’ à sua volta.
Miguel Sousa