Desporto

Presidente de clube rival defende Leonardo Jardim, um treinador que já ‘rendeu’ mais de 777 milhões de euros ao Mónaco

REUTERS/Eric Gaillard
REUTERS/Eric Gaillard

O presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, saiu hoje em defesa do técnico madeirense Leonardo Jardim, assumindo que “no lugar do Mónaco manteria” o timoneiro à frente da equipa do principado.

Perante tamanho elogio, os jornalistas não evitaram questionar Jean-Michel Aulas sobre a possibilidade de Leonardo Jardim ingressar no Lyon. “Não estou interessado porque temos um treinador que está a fazer um bom trabalho”, rematou.

Depois de cinco temporadas à frente dos ‘Les Rouge et Blanc’ este parece ser o fim da linha de uma era que atingiu o auge na temporada 2016/2017, quando a formação orientada por Leonardo Jardim foi campeã de França, tendo alcançado também nessa época as meias-finais da Liga dos Campeões e da Taça de França, caindo, por seu turno, na final da Taça da Liga Francesa, ante o Paris Saint-Germain.

A série de 10 jogos consecutivos sem vencer e o 18.º lugar ocupado na tabela classificativa da Liga Francesa parecem ser motivos mais do que suficientes para afastar o madeirense do comando técnico.

Cinco épocas renderam mais de 777 milhões de euros aos cofres monegascos

Nas últimas cinco épocas o Mónaco encaixou qualquer coisa como 777,38 milhões de euros com as vendas de jogadores que se rentabilizaram junto ao Mar Mediterrâneo, tais como Kylian Mbappé (150 milhões de euros mais 30 por objectivos), James Rodríguez (80 milhões de euros), Thomas Lemar (60 milhões de euros), Anthony Martial (80 milhões de euros), Kondogbia (36 milhões de euros), Kurzawa (25 milhões de euros), Mendy (45 milhões de euros), Bernardo Silva (60 milhões de euros) ou Fabinho (45 milhões de euros).

A indemnização a que Leonardo Jardim terá direito, visto que o seu contrato termina em 2020, rondará... os 10 milhões de euros.

Imprensa francesa diz que Jardim já não consegue “passar a mensagem”

O jornal L’Équipe, que anunciou a saída do treinador madeirense, publicou esta quarta-feira um artigo intitulado ‘O fim de uma era’, frisando nessa peça que a mensagem do técnico madeirense “já não passa”.

“Houve muitos factores negativos, como as lesões ou os reforços que não se adaptaram. Mas a sua mensagem já não passa, a equipa mergulhou em dificuldades. A duração média de um treinador num banco é de 16 meses, o Jardim passou 51 no Mónaco”, adiantou fonte do Mónaco ao referido jornal desportivo.