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Constantino saúda rapidez e critério na escolha de novas datas

Foto Global Imagens
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O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) saudou hoje a rapidez na escolha de novas datas para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados em praticamente um ano, a fim de possibilitar a superação da pandemia de covid-19.

“O que me apraz dizer nesta altura é saudar a rapidez com que este anúncio foi feito. O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) [Tomas Bach] tinha solicitado três semanas para poder definir uma nova data e passados poucos dias essa nova data é anunciada”, afirmou José Manuel Constantino, em declarações à agência Lusa.

Os Jogos Olímpicos vão realizar-se entre 23 de Julho e 8 de Agosto de 2021, anunciou hoje o COI, menos de uma semana depois de ter concluído, conjuntamente com o Governo japonês, remarcar as competições “para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”.

“Creio que introduz um factor de tranquilidade, dos pontos de vista da organização, da preparação dos quadros competitivos que faltam realizar e, ao mesmo tempo, dilata no tempo, cerca de um ano, as condições para a realização dos Jogos, o que permite, assim o esperamos, ultrapassar esta situação do surto pandémico”, assinalou o presidente do COP, reconhecendo a inexistência de “indicadores muito seguros de quando é que estará terminado”.

Atendendo às datas escolhidas, praticamente as mesmas definidas para 2020, José Manuel Constantino realçou a possibilidade de ser aproveitada a programação prevista para Tóquio2020.

“Quanto à transposição, não sei se será automática. Mas, enfim, creio que o mais razoável é que se aproveite o que estava planeado e, de algum modo, se possa adaptar às novas datas”, frisou.

Constantino admitiu a necessidade de realinhamento de outros quadros competitivos internacionais que já estavam definidos, partindo do princípio que os Jogos se realizariam este ano, realçando os riscos inerentes a outras possíveis datas.

“Antecipar os Jogos para um período anterior, designadamente para a primavera, tinha algumas vantagens do ponto de vista climático, do ponto de vista da realização rapidamente dos Jogos desta Olimpíada, mas, porventura, importa resolver os problemas agora assinalados [pandemia de covid-19]. Creio que é uma decisão positiva, de saudar pela rapidez e pelo período de dilatação estabelecido”, reiterou.

O presidente do COP aproveitou ainda para remeter uma mensagem de apoio aos atletas portugueses, tantos os 34 já qualificados como os restantes.

“Para quem já está apurado, que realinhe os planos de preparação tendo em vista que terão mais um ano para se prepararem para os Jogos. Quem ainda não está apurado, que, naturalmente, aguardem a definição das provas que faltam realizar e que ganhem este tempo -- não o que estamos a viver, mas o que se aproxima e espero ter outras condições de preparação --, para que possam estar presentes e tenham sucesso, que é estarem presentes nos Jogos”, concluiu.

Os Jogos Olímpicos estavam marcados para decorrerem entre 24 de Julho e 9 de Agosto de 2020, mas foram adiados em um ano, devido à pandemia de covid-19.

O anúncio foi feito por Yoshiro Mori, pouco depois de uma conversa telefónica com o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

Na terça-feira passada, o COI e o Governo japonês “concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”.

Esta decisão inédita foi tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e da comunidade internacional”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infecção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00 horas de 19 de Março e até às 23h59 de 2 de Abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infecções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral da Saúde.

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