“Acompanhamento psicológico na Polícia não está a resultar”
O Sindicato da Polícia pela Ordem e Liberdade (SPPOL) lamenta a alegada tentativa de suicídio do agente da PSP, esta madrugada na esquadra no Aeroporto da Madeira, e acredita que o plano de acompanhamento psicológico na Polícia que a direcção nacional traçou “não está a resultar”.
De acordo com João Branco (na foto), isto sente-se especialmente nas ilhas porque “praticamente não há nenhum psiquiatra que tenha contactos com a polícia e é isso que eles têm que mudar”.
“Não queremos culpar ninguém nem fazer disto um aproveitamento. O que queremos dizer é que seja o que for que eles estão ou têm pensado não está a resultar porque cada vez mais se suicidam polícias e não há maneira de acabar com esta praga”, disse o presidente do SPPOL, referindo que, por exemplo, aquando da intempérie do 20 de Fevereiro os bombeiros tiveram no final um acompanhamento psicológico e a Polícia nunca teve.
E acrescentou: “A maneira como eles encaram isto quando temos algum problema é nos retirarem a arma e quando nos retiram a arma ficamos sem receber ordenado porque não podemos ir trabalhar. Isso faz com que muitos colegas que têm receio de expor um problema”.
Confrontado pelo DIÁRIO, o subintendente Fábio Castro, do Comando Regional da PSP, não teceu qualquer comentário sobre este caso.
Recorde-se que, tal como o DIÁRIO avançou em primeira mão, o agente, com cerca de 40 anos, não estava de serviço e deslocou-se à esquadra aeroportuária da PSP durante a madrugada, tendo sido encontrado pelas 3h30 prostrado no solo com um ferimento grave na cabeça, provocado por um disparo de uma arma, que terá sido causado pelo próprio.
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