O turismo regional está em alta e muito se deve ao crescimento do tráfego no Aeroporto da Madeira, processo iniciado no ano passado e que tem já o ‘dedo’ da Vinci Airports, empresa da multinacional francesa que gere actualmente os aeroportos nacionais. Um crescimento de 7% no ano passado, o melhor resultado das infra-estruturas do género portuguesas, e já este ano superando esta cifra, com mais 9% face a igual período do ano passado.

Esta é uma das notas de destaque referidas ontem pelo presidente da Vinci Airports, Nicolas Notebaert, um dos 200 profissionais de vários da Europa que participam desde ontem na 7.ª Conferência Europeia de Aeroportos Regionais, organizada na Madeira pela ACI (Airports Council International Europe).

Segundo o responsável, os resultados superam todas as expectativas, sendo certo que o objectivo passa sempre por melhorar a qualidade do Aeroporto da Madeira, bem como do Porto Santo, no contexto da estratégia da empresa que gere, inclusive atraindo mais companhias aéreas.

A estratégia para a Região, salienta Nicolas Notebaert, passa ainda por ir à procura de novos mercados de países não tradicionais da Madeira, sem descurar os mercados já habituais, como o escandinavo, o britânico, o alemão e o francês. Neste particular, nota que a Transavia que já voa desde Nantes para a Madeira pode vir a ser um importante parceiro nesta estratégia.

Por seu turno, a secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes salientou o importante papel deste tipo de eventos na consolidação de um mercado o de “Congressos e Incentivos” que a Madeira muito tem apostado nos últimos anos, acreditando que este evento que decorre hoje e amanhã, quarta-feira, poderá ser importante na valorização do potencial que a Madeira pretende explorar.

“Este é um evento especialmente importante para a Madeira”, notou Conceição Estudante. “Porque é a reunião magna dos aeroportos regionais europeus, representando para as instâncias europeias este universo. Era um desígnio para o Aeroporto da Madeira trazer este evento”, sendo certo que “vão ser discutidos muitos temas que interessam para o nosso posicionamento em relação à forma de funcionar dos aeroportos, as políticas europeias para os transportes e para o funcionamento dos mesmos e até temas ligados à aviação civil e comercial. Temas importantes para nós que somos uma região insular, dependente do tráfego aéreo para o nosso principal negócio que é o turismo”, concluiu.