Turismo

Agências de viagem querem resposta urgente da ANAM

As recentes alterações introduzidas na zona de parqueamento dos autocarros e carrinhas de turismo no Aeroporto da Madeira, que inclui um aumento no pagamento do estacionamento, levou a que as agências de viagens, a maioria associada da ACIF-CCIM, tomassem uma posição de tentar encontrar um meio termo perante uma situação que entendem ser prejudicial para as suas contas.

As propostas foram enviadas à ANAM, que actualmente está sob gestão privada, conforme o negócio do Estado com a Vinci, e, por isso, dependentes de Lisboa. E aí é que residirá a questão, segundo o presidente da Mesa das Agências de Viagem da ACIF. As soluções propostas, enviadas há algumas semanas, estão a demorar demasiado tempo a serem respondidas pela administração central da concessionária dos Aeroportos da Madeira.

Gabriel Gonçalves explica que, com data de “25 de Março, a Vinci enviou uma carta informativa à ACIF com o novo tarifário do parque de estacionamento do Aeroporto da Madeira, especificamente na área que até então era utilizada pelos profissionais que operam as carrinhas ou autocarros de transferes”, documento esse que chegou à associação dois dias depois. O novo tarifário começou a ser aplicado a 1 de Abril.

A situação gerou algum mal-estar junto das empresas do sector, que contestaram e pediram uma intervenção da associação. Uma semana depois foi realizada uma reunião com o director do Aeroporto da Madeira, onde foi “demonstrada a nossa insatisfação com esse novo tarifário, uma vez que entrou logo em vigor”, tendo as empresas de assumir os custos.

“Como é óbvio, já temos os serviços contratualizados até Abril de 2015, o que torna impossível mexer nos preços acordados”, frisou Gabriel Gonçalves, tendo em conta que o aumento dos preços nos parques não estavam, de todo, previstos.

Com um custo de 50 cêntimos por cada 15 minutos para as carrinhas mais pequenas e 65 cêntimos para os autocarros de grande porte, quando antes a primeira hora de parque era gratuita, o que bem calculado o tempo de espera pelos passageiros, era aceite pelas empresas. “Isto tem um impacto enorme nas empresas que têm maior movimento”, afiança. “Nas que têm maior movimento de clientes pode ter um impacto de 20 a 30 mil euros anuais”, exemplifica.

Convencidos  que a reunião com a ANAM tinha surtido algum efeito, embora sempre dependente de Lisboa, os agentes de viagem estavam certos que por não haver uma uniformidade de preços praticados nos aeroportos nacionais geridos pela Vinci (Lisboa, Porto e Faro), a empresa multinacional poderia aceitar o pedido de “carência até final do ano, para depois ser negociado um preço”, disse.

Essa era uma das várias ideias de uma reunião anterior com sócios e não sócios da ACIF, que juntara todo o sector, incluindo empresas de transporte. “A verdade é que até hoje, e já vamos com quase um mês, não obtivemos resposta. É essa resposta que queremos”, conclui.