Turismo

Turismo náutico vai ser potenciado no Alentejo e Ribatejo

O desenvolvimento do turismo náutico no Alentejo e Ribatejo, aproveitando o litoral, o Alqueva e o rio Tejo, é a nova aposta da Entidade Regional de Turismo, que vai elaborar uma estratégia operacional para o setor.

“É um recurso turístico muitíssimo importante no território, com potencialidades enormes e que tem crescido a nível internacional”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, António Ceia da Silva.

Por isso, continuou, “é necessário pensar em estratégias de intervenção específicas para a dinâmica turística destes territórios”.

“O turismo náutico ainda não tem as dinâmicas turísticas necessárias para aquilo que é a sua enorme capacidade no Alentejo e no Ribatejo”, afirmou.

Indicando o Alqueva, o litoral alentejano e o rio Tejo, Ceia da Silva destacou que estes recursos oferecem “um manancial único de oportunidades”, o qual deve ser aproveitado, pois, “tem capacidade para alavancar o produto turismo náutico, a nível nacional e internacional”.

Ciente desta realidade, a ERT Turismo do Alentejo lançou esta semana o processo de elaboração da Estratégia Operacional para o Desenvolvimento do Turismo Náutico no Alentejo e Ribatejo.

Trata-se da definição de um plano de intervenção que permita viabilizar o desenvolvimento daquele produto turístico nos dois territórios de intervenção da ERT.

A estratégia, explicou Ceia da Silva, vai centrar-se no Alentejo Litoral, nos eixos fluviais, como os rios Tejo, Sado, Mira ou Guadiana, no Grande Lago Alqueva e em várias albufeiras, barragens e lagoas espalhadas pelas duas regiões.

“É um trabalho que vai começar a ser elaborado. Vai arrancar a fase do plano de diagnóstico, depois segue-se a fase do plano estratégico e de ação e execução e, por fim, haverá a terceira fase, que será a do plano de comunicação, formação e monitorização”, precisou.

Segundo o responsável, a ERT estima que todo este processo seja executado em “cerca de 16 meses”, com o objetivo de, “até meados de 2015, poder ser feita toda a intervenção” no terreno, para aproveitar o próximo quadro comunitário de apoio.

O trabalho, que vai envolver o Centro de Estudos do Turismo (CESTUR), pretende definir o produto Turismo Náutico no seu conjunto, integrando as infraestruturas, equipamentos e eventos necessários à sua implementação.

“Já há investimentos muito interessantes, feitos por entidades privadas e públicas, de valorização da água e do turismo náutico”, os quais “devem ser potenciados”, admitiu Ceia da Silva.

Mas, agora, perante “as oportunidades que vão ser estudadas”, vai ser possível “encontrar investidores que possam dar corpo a outros investimentos nas áreas do alojamento, animação turística e eventos”, acrescentou.

Para envolver os vários agentes regionais ligados ao setor e ter um melhor conhecimento da realidade, ao longo do ano, a ERT vai promover sete workshops no Alentejo e Ribatejo.