Neste Dia Europeu da Reciclagem de Pilhas conheça este processo
Só no Funchal foram recolhidas mais de 3 toneladas de pilhas em dois anos
Nesta data em que se celebra o Dia Europeu da Reciclagem de Pilhas, a Câmara Municipal do Funchal deu conta de que, em apenas dois anos, já procedeu à recolha de 3 toneladas de pilhas usadas. Estas foram recolhidas nos 70 pontos de recolha disponíveis no concelho.
CMF revela que recolheu quase três toneladas de pilhas em 2023 e 2024
Hoje assinala-se o Dia Europeu da Reciclagem de Pilhas. A Câmara Municipal do Funchal aproveitou para informar que, no concelho, existem 70 pontos de recolha de pilhas usadas (Pilheiras) que são reencaminhadas para um correcto destino final.
A escolas desempenham ainda um papel fundamental neste processo de recolha e em prol do meio ambiente. Mas sabe como se desenrola o processo de reciclagem ou porque é importante pensar bem no destino que dá às pilhas e baterias usadas?
Em primeiro lugar é fundamental perceber que existem dois tipos de pilhas e baterias. As portáteis, que podem ser alcalinas (normalmente usadas em brinquedos, lanternas ou rádios portáteis), as de botão (mais utilizadas em relógios de bolso e aparelhos auditivos), e ainda as de iões de lítio (que se usam nos computadores portáteis ou telemóveis).
Os dados partilhados pela OndeReciclar.pt dão conta de que em 2018 foram vendidas na União Europeia 191 mil toneladas de pilhas portáteis, mas só 88 mil foram recolhidas para serem correctamente recicladas e tratadas.
A verdade é que as pilhas contêm elementos perigosos como o mercúrio, chumbo, cadmio e minerais, que acabam por poluir o planeta, principalmente quando não são tratadas aquando do seu descarte. Uma pilha demora cerca de 100 anos até decompor-se no ambiente, libertando nesse processo todos os elementos tóxicos.
Após a recolha das pilhas e baterias dos 700 pontos Electrão espalhados pelo país, estes materiais são levados para os centros de recepção para receberem o respectivo tratamento. As pilhas são depois separadas manualmente por tipo e sistema químico (excepto as de chumbo-ácido). Depois, consoante o sistema químico, as pilhas e baterias podem ser fragmentadas mecanicamente ou fundidas.
“Cada tipo de pilha é sujeito a um processo específico de separação mecânica e/ou físico-química. Este processo permite separar os vários componentes, obtendo matérias-primas que depois vão ser reutilizadas”, explica a associação Electrão.
Por fim, as matérias-primas recuperadas são incorporadas em novos produtos, que até podem ser pilhas ou baterias. Por exemplo, o aço e níquel são recuperados a 100% e encaminhados para a produção de novos metais e o magnésio pode ser utilizado na agricultura.