PTP critica “incompetência e falta de humanidade" no caso do lince
O Partido Trabalhista Português da Madeira critica a gestão do caso do lince do deserto apreendido na cidade do Funchal, apontando para "muita incompetência e falta de humanidade”.
“É inaceitável que a lei que devia ter protegido lince o tenha matado”, atira Raquel Coelho, em nota emitida.
A porta-voz do PTP Madeira acusa o Ministério Público de "leviandade" ao decidir "retirar abruptamente o animal dos tutores quando as autoridades regionais não tinham as condições necessárias para cuidar do animal, sobretudo, depois de ter sido atestado as boas condições em que o animal se encontrava".
“Os animais criam laços afectivos com os tutores, que não se quebram por força da lei e isso nunca foi tomado em consideração”, lamenta Raquel Coelho, que considera que se não fosse pelo alerta das associações de protecção dos animais o caso não teria vindo a público.
O PTP atenta que o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza "não soube zelar pelo interesse do animal" e pede responsabilidades à secretaria da Tutela, liderada por Rafaela Fernandes.
O animal faleceu após levar com o dardo sedativo, logo aí levantam-se as questões para quem preparou a dose e administrou. O animal estava bem mais magro do que quando foi apreendido e questiona se isso foi tomado em consideração quando foi preparado o sedativo. Raquel Coelho
O PTP alerta que o caso está a causar alarme social e revolta na sociedade madeirense e que se o lince Bores foi vítima de "negligência", defendendo que as responsabilidades têm "de ser assumidas".