Que é mais necessário?

A promenade da Ribeira Brava à Ponta do Sol, que custará 13 milhões de euros, ou a construção de casas para habitação, a preços controlados, para criar melhores condições de habitabilidade aos madeirenses, que não têm habitação para viverem com dignidade, como pessoa?

Informo que os 13 milhões de euros, se forem investidos na construção de edifícios, para a habitação de famílias, com necessidade de um lar para viver com dignidade, movimentará o comércio e a indústria local, criando milhares de postos de trabalho, havendo, deste modo, melhor distribuição da riqueza produzida.

Chamo à atenção dos nossos governantes, para os preços exorbitantes das rendas para habitação, que são incompatíveis com os baixos salários ou ordenados, da maioria da população madeirense.

No DN de 19 de julho de 2024, em Opinião, página 26, com dois temas importantes para a Região Autónoma da Madeira.

O primeiro do sindicalista dos professores, Sr. Professor Francisco Oliveira, com o título:

“Quem quer ser professor?” e o segundo do deputado e professor, Sr. Rui Caetano, com o título: “Um Governo Regional sem soluções”.

Eu, José Fagundes, destaco o que escreve o Prof. Francisco Oliveira, a seguir ao parágrafo: “O pior é que a tendência não dá mostras de vir a ser invertida, tanto mais que uma percentagem acentuada (63%) dos atuais docentes afirma que, se pudesse, mudaria de profissão, como se constatou no Estudo Sobre o Bem Estar, Envelhecimento e o Desgaste dos Docentes da RAM.....”.

Nos anos da década de 50 do século XX, os professores e as professoras eram quem beneficiavam de melhores vencimentos e de mais tempo de gozo de férias, sendo uma classe social que era respeitada.

Quanto ao artigo do deputado e Prof. Dr. Rui Caetano, destaque o seguinte, que está na 2.ª coluna, 5.ª linha: “Será que estes documentos estratégicos em discussão promovem o combate a uma economia de salários baixos, de precariedade laboral e quebra significativa do poder de compra, atirando a classe média para o empobrecimento progressivo e tantos outros milhares de madeirenses que, apesar de trabalharem e de receberem um salário, se encontram na situação de risco de pobreza e exclusão social? Não”.

Constato que é a triste realidade, da maior parte da população madeirense, visto o custo de vida ser muito elevado, em relação aos ordenados ou vencimentos auferidos. E um dos causadores do elevado custo de vida; é o imposto IVA.

Em 2022, o IVA-Imposto de Valor Acrescentado, rendeu aos cofres da RAM, mais de 71.100.000 de euros. Enquanto que os juros da dívida, fabulosa, pública regional aumentou, 17.500.000€, no ano de 2022. Se só de juros foram pagos 17,5 milhões de euros; qual é dívida total, actualmente, da RAM?

Para reduzir-se a dívida fabulosa, da Região Autónoma da Madeira, é necessário exportar-se muito mais valor acrescentando, e reduzir, substancialmente, as importações dispensáveis e outras que não são necessárias.

Só deste modo, é que se poderá sair da situação caótica financeira.

José Fagundes