Portugueses reconhecem mais o papel da UE do que a média europeia
Dados do novo inquérito Eurobarómetro foram hoje divulgados
O Parlamento Europeu apresentou, hoje, os dados do mais recente inquérito Eurobarómetro, que dá conta de que 80% dos portugueses reconhecem o impacto da União Europeia (UE) na sua vida quotidiana, percentagem superior à média europeia que é de 71%. Estamos a cerca de um ano das eleições europeias e os cidadãos parecem reconhecer o impacto que a União Europeia tem nas suas vidas.
Os dados apurados dão ainda conta da receptividade dos portugueses em relação às eleições. Se estas se realizassem no espaço de uma semana, 62% admitia que ia votar. Além disso, 53% dos inquiridos portugueses ouviram falar recentemente do PE, sendo que a nível europeu o valor é mais alto, situando-se nos 62%.
Os inquiridos europeus revelam maior interesse em relação às próximas eleições europeias. Uma clara maioria dos cidadãos europeus (56%) está interessada nas próximas eleições - mais 6 pontos percentuais do que em 2018 num período homólogo.
Há maior sensibilização para votar, uma vez que em Abril de 2018, 58% afirmaram essa probabilidade e, este ano, essa percentagem subiu para 67%. “Tal indica que os cidadãos estão mais sensibilizados para votar nas eleições europeias de 2024, em comparação com igual momento no período que antecedeu as eleições de 2019”, revela o Parlamento Europeu.
“As eleições importam. Votar é a oportunidade para defendermos os assuntos que são importantes para nós. Apelo a todos, em especial aos nossos jovens, que votem e moldem a União Europeia em que querem viver”, refere a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
O valor mais importante a defender pelo Parlamento Europeu, para 37% dos inquiridos, é a democracia. seguida da proteção dos direitos humanos na UE e no mundo (28%), bem como da liberdade de expressão e de pensamento (27%). Em Portugal, a democracia continua a ser o valor a destacar (35%), mas é a solidariedade entre Estados-Membros e regiões (32%) e a proteção dos direitos humanos (31%) que vem a seguir.
Mais de metade dos inquiridos (54% dos europeus e 67% dos portugueses) estão satisfeitos com o funcionamento da democracia na União Europeia.
Quanto ao apoio da União Europeia à Ucrânia, destaca-se enquanto acção com a qual os cidadãos estão mais satisfeitos (69%), apresentando níveis mais elevados nos Países Baixos (90%), na Suécia (87%), na Finlândia (87%) e na Irlanda (87%). Já os inquiridos na Eslováquia (45%) e na Grécia (48%) apresentam as taxas de satisfação mais baixas. Em Portugal, a percentagem chega aos 84%, colocando o país entre os mais satisfeitos.
No que respeita a prioridades, os portugueses (54%), à semelhança da média europeia (38%), querem que o Parlamento Europeu ponha a luta contra a pobreza e a exclusão social em primeiro lugar. De seguida, em Portugal surge o apoio à economia e à criação de novos postos de trabalho (49%) e a saúde pública (45%).