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Coreia do Norte alerta para força nuclear "mais esmagadora" para combater EUA

Foto EPA/KCNA
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A Coreia do Norte declarou hoje estar preparada para conter os movimentos militares dos Estados Unidos com uma "força nuclear mais esmagadora", alertando para uma escalada das tensões devido aos exercícios militares de Washington e Seul.

A declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pyongyang surgiu em resposta aos comentários do secretário de Defesa dos EUA, em visita a Seul.

Na terça-feira, Lloyd Austin disse que Washington vai aumentar o envio de equipamento militar para a península coreana, incluindo caças e porta-aviões, à medida que aumentam os treinos conjuntos com a Coreia do Sul.

O nervosismo com a segurança sul-coreana aumentou desde que a a vizinha Coreia do Norte testou dezenas de mísseis em 2022, incluindo mísseis potencialmente nucleares, projetados para atingir alvos na Coreia do Sul e nos Estados Unidos.

Um porta-voz não identificado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, citada pela agência de notícias Associated Press, a expansão dos exercícios dos aliados está a ameaçar transformar a península coreana num "enorme arsenal de guerra e numa zona de guerra mais crítica".

O comunicado salientou que Pyongyang está preparado para enfrentar qualquer desafio militar de curto ou longo prazo dos aliados com a "força nuclear mais esmagadora".

"A situação militar e política na península coreana e na região atingiu uma linha vermelha extrema devido às manobras de confronto militar imprudentes e atos hostis dos EUA e forças vassalas", disse o porta-voz.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos realizaram na quarta-feira exercícios aéreos conjuntos, com a participação de um bombardeiro estratégico B-1B e caças furtivos F-22 e F-35B da força aérea norte-americana, indicou hoje o Ministério da Defesa sul-coreano.

"Os exercícios aéreos conjuntos mostram a disposição e a capacidade dos EUA em proporcionar uma dissuasão alargada, forte e confiável contra as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte", notou o Ministério da Defesa sul-coreano, em comunicado.

Os exercícios, os primeiros entre Seul e Washington em 2023, aconteceram no mar Amarelo (chamado mar Ocidental nas duas Coreias), para "promover as capacidades operacionais conjuntas" dos dois países, envolvendo ainda caças do tipo F-35A da Coreia do Sul.