A CDU realizou, esta sexta-feira, 9 de Setembro, na Ponta do Pargo, uma iniciativa política, na qual 'apontou baterias' ao anunciado projecto do Governo Regional da Madeira para a construção de um campo de golfe naquela freguesia do concelho da Calheta.

Projecto este que Edgar Silva classifica de mais um dos “escangalhanços” do regime, pois "roubará à população recursos e áreas territoriais, fundamentais para aquela parte da Ilha da Madeira".

"Para a CDU o dito campo de golfe, prometido há muitos anos e agora reassumido pelo actual Governo Regional, é um dos tresloucados projectos para escangalhar a Região. A Ponta do Pargo não será igual! O Governo Regional, recorrendo a dinheiros públicos, usando e abusando de poderes, irá desfigurar por completo esta parte da Ilha da Madeira. Este é um dos mais agressivos projectos para escangalhar uma das zonas ainda pouco turistificadas desta Região", afirmou o líder comunista citado em nota de imprensa.

Na sua intervenção, junto ao Farol da Ponta do Pargo, Edgar Silva notou também que "para escangalhar toda esta área, o Governo Regional, através da Sociedade de Desenvolvimento, já tomou posse de mais de 1.500 parcelas de terra, tomadas a proprietários locais", uma situação que a ser ver resultará, não só na "total descaracterização daquela parte da ilha", como também num "fiasco financeiro".

É que o projecto prevê uma vertente imobiliária, tal como tinha sido prometido para o Porto Santo, com a construção de um aldeamento turístico permitindo o retorno do capital aplicado. Ora, tal como acontece no Campo de Golfe do Porto Santo, também aqui o escangalhanço será tremendo", insiste Edgar Silva, apontando ainda o impacto deste projecto ao nível dos recursos naturais e do ambiente.

"Implicará de usurpação de quantidades descomunais de água, um bem cada vez mais escasso e cada vez mais sujeito a uma hipoteca ambiental e social, e que, naquele campo de golfe, levará a que os governantes desviem importantes caudais de água para mais uma finalidade tão extravagante", sustentou, acrescentando que  "ainda se está a tempo de impedir o escangalhamento da ponta Oeste da Ilha da Madeira".