Mundo

PR timorense expressa condolências pela morte de "mulher extraordinária"

None
Foto Lusa

O Presidente de Timor-Leste expressou hoje "sinceras condolências" à família real e ao povo do Reino Unido e do Commonwealth pela morte da rainha Isabel II, que classificou como "uma mulher extraordinária".

"É uma perda para o povo britânico e para o Commonwealth. Uma mulher extraordinária, símbolo do Reino Unido e que serviu o seu país durante 70 anos. Que a sua alma repouse em paz, junto do falecido esposo, duque de Edimburgo", disse José Ramos-Horta em Camberra onde está em visita de Estado.

Ramos-Horta recordou os apoios "críticos" que o Reino Unido deu a Timor-Leste em 1999, na altura do referendo e depois do voto de independência, e relembrou os muitos imigrantes timorenses que hoje vivem no país.

"O Reino Unido foi sempre um grande parceiro de Timor-Leste no período crítico de 1999. O Governo foi muito solidário com Timor-Leste e tem sido um grande parceiro nosso. Temos milhares de timorenses a viver no Reino Unido, a fazer as suas vidas, e por isso estamos ligados ao Reino Unido", disse.

Ramos-Horta recordou que a rainha Isabel II condecorou em 2003 o líder histórico timorense, Xanana Gusmão, com a "Honorary Knighthood of the Grand Cross of the Order of St. Michael & St. George, UK".

O chefe de Estado disse que apenas conheceu um dos membros da família real, a princesa Ana, com quem se encontrou várias vezes. A princesa Ana visitou Timor-Leste e apoiou programas no país, incluindo o fabrico de cadeiras de rodas.

A rainha Isabel II morreu aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido.

Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou.

Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assume aos 73 anos as funções de rei como Carlos III.

Na Austrália, como noutras nações do Commonwealth, as bandeiras foram colocadas a meia haste com várias cerimónias e eventos previstos para as próximas semanas, a começar pelo disparo de 96 salvos de canhão, hoje, um por cada ano de vida da monarca.