Pelosi ou o incómodo da ditadura

Nancy Pelosi (NP) presidente da Câmara dos Representantes dos EUA eleita democraticamente pelos eleitores americanos, ao invés do que se passa com a ditadura comunista na República Popular da China (RPC), visitou a ilha de Taiwan cuja soberania é reivindicada pela RPC contra a vontade desde sempre expressa democraticamente pela população de Taiwan. Pese embora as autoridades americanas reafirmarem a manutenção do “status quo” político que vigora com o reconhecimento pelos EUA de “uma só China” e de não apoio à independência de Taiwan, o governo ditatorial comunista da RPC resolveu armar um banzé por causa da visita de NP considerando-a uma atitude “extremamente perigosa” dos EUA. Todo este banzé da RPC que teve o apoio de outras ditaduras, da “democracia” de fachada imposta por Putin na Rússia e também como não poderia deixar de ser do PCP contra a visita de NP a Taiwan, mostra sobretudo o enorme incómodo e frustração dos altos dirigentes do regime ditatorial da RPC por não terem conseguido através das ameaças e do burburinho que criaram “obrigar” o presidente Biden a “impedir” a visita de NP a Taiwan, habituados que estão à governação ditatorial e autocrática que exercem à revelia da separação dos poderes entre os vários órgãos de poder como é apanágio de uma democracia. A economia da RPC desenvolveu-se nos últimos 20 anos devido à sua integração na OCM e adesão às regras da economia de mercado abdicando completamente da doutrina marxista da economia inerente aos regimes ditatoriais comunistas dos quais apenas aproveitou essa vertente ditatorial para a governação imposta ao povo chinês. NP é a democrata corajosa que sempre criticou, contrariou e incomodou a ditadura comunista da RPC nomeadamente quando em 1991 visitou a Praça Tiananmen para homenagear as vítimas que aí foram mandadas assassinar por essa mesma ditadura quando se manifestavam pacificamente a favor da democracia e da defesa dos direitos humanos na RPC.

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