Triste País é este!

Portugal não é, evidentemente, o pior País do mundo.

Existem outros piores, é verdade, mas se atendermos ao facto de ser um dos mais velhinhos da Europa e olharmos pelo que já passou, já fez e já se notabilizou por esse mundo fora, era, efetivamente, para termos ou sermos hoje um país diferente, mais adulto, mais responsável, mais respeitável, com uma credibilidade muito mais acentuada.

Mas não, continuamos – em muitos casos - num dos mais atrasados, menos confiável, menos credível, menos desenvolvido de entre os velhos países europeus.

Se bem que isto seja paradoxal, visto que temos um infindável número de cidadãos que se notabilizaram e continuam a se evidenciarem dentro e fora do País, nas mais variadas áreas.

Só que, Portugal tem na política o seu verdadeiro e dramático “calcanhar de Aquiles”.

E como estão nesta área os homens e mulheres responsáveis pela condução do País, logo Portugal não anda, ao ritmo de outros países, não sai da cepa torta a que já habituou os portugueses ao longo de muitos e muitos anos.

É claro que, podíamos dar exemplos muito mais profundos, mais graves e que tinham a ver com a situação do povo português na sua quase generalidade e, nomeadamente, dos jovens que veem na fuga do País, na emigração, a sua “tábua de Salvação” caso pretendem uma vida mais desafogada, mais bem conseguida, mais próspera e feliz.

Mas vamos ficar por exemplos bem recentes que atestam o tipo de homens que nos governam e que, garantidamente, com pessoas desta natureza, Portugal continuará a ser sempre o que tem sido, independentemente, se a ideologia que o orienta seja de Reis e Rainhas, de ditadores fascistas ou comunistas, ou de uma ou outra que não tem definição própria, mas que os BENEFICIADOS teimam em alcunhar de socialismo e democracia.

- A semana passada o país viveu um episódio político que, pelo cómico apresentado, diríamos que nem o Filipe Lá Féria era capaz de apresentar melhor no POLITEAMA.

Vendo pelo melhor das vertentes, tanto o senhor primeiro- ministro, como o senhor ministro das Infraestruturas, foram “estrelas” num espetáculo onde não faltou o humor, o ridículo, e as “desculpas quase pedidas de joelhos” numa encenação própria de alguém que, desesperadamente, via naquele papel “misericordioso” o único modo de se manter em cena.

Mas por aqui não ficou a semana penosa deste pequeno mas nem sempre bem servido País.

Faltava o Senhor Marcelo Rebelo de Sousa entrar no espetáculo!

Foi no Brasil. Indo a convite do atual Presidente Brasileiro, Marcelo Rebelo de Sousa, entendeu que deveria cumprimentar primeiro (presumivelmente) o principal opositor (inimigo) de Bolsonaro às eleições brasileiras que já se realizam daqui três meses.

Uma imprudência e deselegância de bradar aos céus.

Se Lula da Silva ganhar as eleições, Marcelo marcou pontos, mas se perder, o nosso Presidente da República poderá ter criado um mal-estar nas relações futuras entre os dois países sem qualquer necessidade.

Nós, sinceramente, lamentamos que, um ou outro ganhe as eleições, porque não nos parece que sejam homens com caráter, dignidade, competência e honestidade – como ambos já o demonstraram - para presidirem aos destinos do Brasil, mas tanto um como outro foram colocados lá pelos brasileiros e, nós, portugueses, nada temos a ver com isso.

Como, aliás, os brasileiros, não têm tido a ver com a “desgraça” de muitas das nossas opções, quando a Portugal diz respeito.

Juvenal Pereira