A Guerra Mundo

Reino Unido vai fornecer sistemas de lançamento de foguetes

Foto achmad.sulfikar/Shutterstock.com
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O Reino Unido vai disponibilizar à Ucrânia sistemas de lançamento de foguetes, com um alcance de 80 quilómetros, para responder à ofensiva militar russa, revelou esta noite o Ministério britânico da Defesa.

Estes sistemas de lançamento de foguetes múltiplos, designados M270 MLRS, permitirão "aumentar significativamente as capacidades das forças ucranianas", sublinhou a Defesa do Reino Unido em comunicado.

Segundo o Governo britânico, a decisão de fornecer aquele equipamento bélico à Ucrânia foi tomada "em estreita coordenação" com os Estados Unidos.

O apoio militar do Reino Unido à Ucrânia ascende já a 750 milhões de libras, cerca de 874 milhões de euros.

A vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Malyar, disse no domingo que a Ucrânia precisa de apoio militar "constante" dos países ocidentais, não de ajuda "pontual", até derrotar as forças de Moscovo.

"Entrámos numa guerra prolongada e vamos precisar de apoio constante. O Ocidente tem de compreender que a sua ajuda não pode ser pontual, mas deve continuar até ganharmos", afirmou Ganna Malyar aos meios de comunicação locais.

Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira que iriam enviar à Ucrânia quatro sistemas Himars (lançadores múltiplos de 'rockets' montados em veículos blindados ligeiros) e ainda mais 1.000 mísseis Javelin anti-tanque e quatro helicópteros Mi-17 como parte de um novo pacote de ajuda militar.

No domingo, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu que Moscovo atacará novos alvos se o Ocidente fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia, dizendo que as atuais entregas de armas têm por objetivo "prolongar o conflito".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.