Relativamente ao caso do utente de 68 anos que fugiu duas vezes das urgências, noticiado na edição impressa do DIÁRIO de hoje, o SESARAM informa que “o doente consciente e orientado ao ser assistido no serviço de urgência, ou noutro serviço, caso manifeste vontade de sair, poderá fazê-lo”, sendo que “nos casos de saídas precoces, comunicadas ou não, naturalmente é expectável que o próprio doente comunique tal facto ao familiar”.

No entanto, admite que “lamentavelmente têm sido registados alguns casos de falta dessa comunicação” que têm procurado suprir com reforço do controlo em todas as portas do perímetro hospitalar.

O SESARAM explica ainda que no caso dos utentes conscientes e orientados, os serviços não podem reter/impedir a saída, pois “não possuem poderes de autoridade para limitar a circulação dos utentes”.

Por fim, lembra que o gabinete de Apoio à Família está em funcionamento entre as 08h00 e as 23h00, todos os dias, e também tem tido intervenção na comunicação de saídas precoces do SU pelo que é fundamental acautelar o contacto de familiar de referência no Portal do Utente ou no contacto com este gabinete.

Tal como o DIÁRIO noticiou, João Francisco Vieira fugiu das urgências na segunda-feira, deu novamente entrada no SU na terça-feira e voltou a fugir, tendo sido encontrado na baixa do Funchal na manhã de quarta-feira. 

A filha do senhor acusou o SESARAM de “não zelar pela segurança dos utentes”, dizendo não compreender como é que se deixa uma pessoa desorientada sair das urgências sem avisar a família.