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Putin felicita sérvio Vucic pela reeleição e destaca "parceria estratégica"

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O presidente russo, Vladimir Putin, saudou hoje a "parceria estratégica" entre Belgrado e Moscovo, depois de o homólogo sérvio Aleksandar Vucic reivindicar uma vitória esmagadora nas eleições presidenciais.

"Acredito que as suas ações como chefe de Estado continuarão a promover o fortalecimento da parceria estratégica que existe entre os nossos países. Inquestionavelmente, é do interesse dos povos irmãos da Rússia e da Sérvia", disse Putin a Vucic, num telegrama de felicitações publicado pelo Kremlin.

O Presidente sérvio Aleksandar Vucic reclamou ter conquistado uma vitória presidencial esmagadora com cerca de 60% dos votos, prolongando uma década de domínio sobre o país balcânico.

Putin considerou que esta vitória "convincente" refletiu "amplo apoio" dos sérvios à política de Vucic, que, segundo o Presidente russo, visa resolver os problemas "socioeconómicos atuais" e prosseguir uma "política externa independente".

Um fervoroso ultranacionalista nos seus primeiros 15 anos na política, o Presidente sérvio, de 52 anos, apresenta-se como pró-europeu desde 2008 e continua a promover as negociações de adesão à União Europeia (UE), que, no entanto, estão paradas há anos.

Depois de ser eleito primeiro-ministro em 2014 e 2016, conquistou o seu primeiro mandato presidencial em 2017 com 55% dos votos.

Vucic espera que a Sérvia entre na EU nos próximos anos, algo que pode ser posto em causa pelo seu insistente apoio a Moscovo, apesar da invasão russa da Ucrânia.

Ao contrário do resto da Europa, a Sérvia não impôs sanções à Rússia.

A Sérvia votou a favor da resolução da ONU que condenou a invasão russa, mas recusou juntar-se aos Estados Unidos e à UE na adoção do amplo leque de sanções contra Moscovo.

E embora pretenda a adesão à UE, o país balcânico tem reforçado as relações políticas, económicas e militares com a Rússia. Durante a campanha, Vucic repetiu que a Sérvia "não é um servo de ninguém" e não mudará a sua "posição neutral" em relação à guerra na Ucrânia.

No país, tradicionalmente próximo de Moscovo, muitos sérvios apoiam a política do Kremlin e manifestaram-se a favor da invasão russa na Ucrânia.