O secretário regional da Economia, Rui Barreto, defendeu, esta tarde, a importância dos sistemas de apoios públicos implementados no início da pandemia, que abrangem os desempregados, apesar de reconhecer que algumas empresas da Madeira estão a sentir dificuldades em contratar trabalhadores.

Falando na apresentação do capítulo do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) no Plano Estratégico de Recuperação da Economia, Rui Barreto referiu que "o conjunto de apoios que o Governo Regional disponibilizou de 232 milhões de euros revelou-se eficaz e ajustado para que o impacto [económico da pandemia] fosse menor". Essa estratégia foi adequada e os resultados já se fazem notar, sendo que o Indicador Regional da Actividade Económica mostra que "a economia da Madeira cresceu 14,2% até Maio, o que significa o melhor desempenho dos últimos 15 anos". Barreto acredita mesmo que "possa ser ultrapassada a meta de previsão de crescimento de 5,7%" no corrente ano.

O secretário explicou que o "está a puxar por isto" é a boa gestão sanitária feita pelo Governo Regional, bem como o investimento e o consumo privados. A este respeito, nota que da parte das empresas "há vontade de contratar" mas não há disponibilidade de alguns dos 17 mil trabalhadores inscritos no desemprego em aceitar propostas de trabalho. Para ultrapassar esta dificuldade, Rui Barreto desafiou os empresários a fazer duas coisas: "melhorar as condições de oferta para quem querem contratar"; e denunciar às instituições públicas as possíveis situações de recusa abusiva de propostas de trabalho. Depois "caberá ao Governo criar os mecanismos de monitorização, controlo e cruzamento de informação".