Ao ler os dois artigos publicados no DN de dia 4 de agosto, pelos leitores José Carvalho e R.N., fiquei feliz por haver pessoas que, tendo cultura, se interessam e divulgam opiniões tão atuais e sensatas relativas aos abates dos lindíssimos plátanos que viviam no Largo da Fonte. Hoje em dia, quem não preserva o património natural, está a comprometer o futuro. Sempre que chego à Madeira, tenho a infelicidade de constatar tantos atentados à natureza que é mais do que motivo para ela se revoltar. Enquanto, em todo o mundo, se plantam árvores em todos os locais, aqui abatem-se com a conivência de uma população sem cultura ambiental. Os mares da Madeira estão sujos o que é uma vergonha e as autoridades continuam indiferentes ao problema. Há que procurar as causas e atuar com mão firme! As nossas ribeiras, antigo cartaz turístico, com a sua rocha natural eram belíssimas, foram destruídas, substituídas por betão horrível. Se algum edil, tivesse a sua cidade atravessada por estas ribeiras, tinha arrelvado as partes laterais, feito gradeamentos engraçados ou plantado árvores nas suas margens, À noite iluminadas por focos. Davam à cidade uma beleza ímpar ! Na Madeira assiste-se à aberração que se vê. Temporais existem em toda a parte do mundo.

Outras situações lamentáveis: a frota de transportes públicos que necessita, urgentemente, de ser toda renovada. É um barulho ensurdecedor assim que andamos pela cidade para não mencionar a utilização do automóvel para tudo, com a poluição que acarreta. Depois vêm com a argumentação recorrente do Sol que prejudica a pele, não a poluição é a primeira causa.

Também sabem me dizer onde se encontram os polícias na Madeira? Não vislumbrei nenhum na cidade do Funchal. Os cidadãos estão entregues a si próprios, nunca presenciei esta situação nas cidades que visito. A sensação de insegurança é grande, pois há gente suspeita e duvidosa em cada esquina !

Enfim, o turismo de qualidade não volta nem aconselha a visitar a Madeira da qual depositava imagens e realidades que acabam numa desilusão tremenda!! Eu própria já elenco tantas situações aberrantes e inadmissíveis que demovem quem tem cultura e berço a visitar a Madeira. Sinto uma mágoa tão grande, mas como sou amiga, prefiro prevenir para a lamentável realidade!

Matilde Amaral S. Botelho