PS diz que "desespero para apresentar obra feita" coloca em causa segurança da população em S. Vicente
Helena Freitas, candidata do PS à presidência da Câmara Municipal de São Vicente, critica a "teimosia" do actual presidente José António Garcês, acusando-o colocar em causa a segurança da população no seu "desespero para apresentar obra feita".
Em causa está a notícia publicada esta quarta-feira no Diário, que alerta para os perigos resultantes do projeto da autarquia para a requalificação da frente mar.
Pedro Freitas Oliveira , 07 Julho 2021 - 07:00
Para a socialista o executivo da Câmara Municipal de São Vicente acaba de dar "mais uma mostra que tem as prioridades invertidas e não se preocupa em resolver as reais necessidades da população".
“A autarquia não pode ignorar os perigos inerentes à requalificação da frente mar identificados no Estudo de Impacte Ambiental. Em momento algum se pode colocar em causa as pessoas, os negócios, a escarpa, os terrenos e as habitações com uma intervenção com esta dimensão e avultado investimento associado”, reforça em nota dirigida à imprensa.
Helena Freitas considera inadmissível que a autarquia faça uma intervenção passível de gerar "eventos extremos, como galgamentos ou inundações" e, nesse sentido, exige que "seja assegurado o custo-benefício associado à robustez e à manutenção desta obra".
“Mais urgente seria fazer uma intervenção de protecção da costa na freguesia de Ponta Delgada, de modo a garantir a segurança de algumas habitações situadas próximo da orla marítima", contrapõe a candidata.
“Atentado ambiental não é um problema para o Governo Regional?”
A candidata socialista à Câmara Municipal de São Vicente comentou também as declarações do presidente do Governo Regional sobre o depósito de amianto no sítio das Ginjas.
Processo do ‘amianto’ é judicial e não político
Albuquerque acusa o PS, “que não tem nada para pensar nem para fazer” de arrastar o caso de trâmite judicial para fazer política
Orlando Drumond , 06 Julho 2021 - 18:15
“O que foi detectado em São Vicente não é um problema jurídico. É um atentado à saúde pública e um crime ambiental que exige que sejam identificados responsáveis, mas que tem de ter consequências também no Governo Regional e na Secretaria Regional do Ambiente", disse, acusando o executivo de "sacudir responsabilidades".