Madeira

Jornalistas e investigador recordam 200 anos da Imprensa na Madeira hoje no Arquivo

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A imprensa regional vai estar em foco, esta sexta-feira, com uma mesa redonda subordinada ao tema: 'Patriota Funchalense: 200 anos da Imprensa na Madeira', a partir das 17 horas no auditório do Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM). Ricardo Miguel Oliveira, director do DIÁRIO, vai moderar a conversa, que conta com Paulo Rodrigues, professor e investigador da Universidade da Madeira, Lourenço Freitas, director do Museu de Imprensa da Madeira, Ana Luísa Correia, jornalista no DIÁRIO e Iolanda Chaves, jornalista no JM-Madeira. 

A entrada é livre, estando apenas condicionada à lotação máxima do espaço.

Associada a esta iniciativa ficará patente uma mostra documental na Sala de Leitura do Arquivo e no Museu de Imprensa da Madeira (MIM). No ABM ficarão expostos os primeiros exemplares deste periódico. No MIM poderá visitar uma exposição, também dedicada à história do primeiro jornal publicado na Madeira. O Patriota Funchalense está digitalizado e disponível à consulta, na plataforma de pesquisa de biblioteca da DRABM - https://biblioteca-abm.madeira.gov.pt//SearchResultDetail.aspx?mfn=382665&DDB=

Foi há 200 anos, que pela primeira vez se imprimiu na ilha da Madeira. A 2 de Julho de 1821 foi impresso o primeiro jornal madeirense, o qual foi, também, o primeiro jornal insular português.

O Patriota Funchalense foi fundado pelo prestigiado médico madeirense Nicolau Caetano Bettencourt Pita, redator e defensor dos princípios liberais que estiveram na origem da "Revolução do Porto" de 1820.  A "imprensa" ou oficina tipográfica, comprada em Lisboa, foi instalada no mesmo espaço onde funcionavam a administração e a redação, à Rua dos Ferreiros, nº 7, no Funchal.  

Com uma periodicidade bissemanal, cada número de "O Patriota Funchalense" era constituído por quatro páginas (alguns números com suplementos de duas ou quatro páginas). A primeira página de todos os números apresentava as armas reais ilustradas por três versos de Almeida Garrett. Ao nível do conteúdo, esta publicação periódica contemplava informação generalizada: notícias do país e do estrangeiro, economia nacional, política, movimento portuário, entre outros assuntos triviais.

O Patriota saía à quarta e ao sábado e publicou 214 números, até 16 de agosto de 1823. Teve vida curta. Contudo, foi o percursor de uma longa história da imprensa na Madeira, a qual conta já com quase 400 títulos publicados.

A Direção Regional do Arquivo e Biblioteca da Madeira assinala, assim, o bicentenário do Patriota Funchalense e os 200 anos da Imprensa na Madeira, numa iniciativa em parceria com o Museu de Imprensa da Madeira.