Desporto

Apuramento de Francisco Santos eleva para 68 as vagas de Portugal

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A qualificação do nadador Francisco Santos nos 200 metros costas, hoje conseguida com novo recorde nacional, elevou para 68 as vagas da comitiva lusa para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para este verão.

Num fim de semana fértil em qualificações, o estreante Francisco Santos elevou para sete o contingente luso na natação, um dos mais numerosos já confirmados, ao conseguir hoje, no Porto, cifrar o novo recorde nacional na distância em 1.57,06 minutos.

O último a carimbar o passaporte tinha sido José Paulo Lopes, do Sporting de Braga, que também assegurou a estreia olímpica com recorde nacional, nos 800 livres, melhorando um tempo que já lhe pertencia, fixando o registo nos 7.52,81 minutos.

Ambos juntar-se-ão a Gabriel Lopes e Alexis Santos, apurados nos 200 metros estilos, a Ana Catarina Monteiro, nos 200 metros mariposa, Diana Durães e Tamila Holub, ambas nos 1.500 metros livres, sendo que esta última tem também presença garantida nos 800 livres.

No sábado, Teresa Bonvalor e Yolanda Sequeira 'uniram-se' a Frederico Morais na estreia do surf no programa olímpico, e antes, foi Diogo Abreu, 16.º nos trampolins do Rio2016, a qualificar-se, primeiro ao assegurar a vaga com Pedro Ferreira e, depois, a confirmá-la para si, em Itália, juntando-se a Filipa Martins, na artística, no lote luso da ginástica, naquela que é a quinta presença seguida dos trampolins masculinos.

O andebol continua a ser a modalidade mais representativa na comitiva lusa, com 14 andebolistas, depois de ter assegurado a primeira presença de Portugal da modalidade e a estreia 'oficial' das modalidades coletivas de pavilhão, depois da participação lusa no torneio de demonstração de hóquei em patins em Barcelona1992.

Segue-se o atletismo, com 12 representantes, com as maratonistas Carla Salomé Rocha (2:24.47 horas), Sara Catarina Ribeiro (2:26.40 horas) e Sara Moreira (2:26.42) e a velocista Cátia Azevedo, nos 400 metros.

Pedro Pablo Pichardo e Patrícia Mamona, que se sagraram campeões europeus em pista coberta, têm presença assegurada no concurso do triplo salto, tal como Evelise Veiga, enquanto Auriol Dongmo, igualmente campeã continental em pista coberta, vai participar no lançamento do peso.

Os também lançadores Francisco Belo, no peso, e Liliana Cá, no disco, vão estrear-se em Jogos, enquanto João Vieira, aos 45 anos, vai estar nos 50 km marcha, na sexta vez em Jogos - apesar de não ter iniciado os 20 km de marcha em Sydney2000 -, tornando-se no segundo luso com mais presenças, a uma do velejador João Rodrigues, enquanto Ana Cabecinha assegurou vaga nos 20 km marcha.

Portugal conta com oito lugares garantidos na canoagem, depois de Joana Vasconcelos ter vencido a derradeira hipótese de qualificação, em K1 500 metros, em Barnaul, na Rússia, repetindo a presença de Londres2012 -- foi sexta classificada nas provas de K2 500, com Beatriz Gomes, e K4 500, com Helena Rodrigues, Beatriz Gomes e Teresa Portela.

A antiga atleta do Benfica, atualmente sem clube, ampliou a comitiva da modalidade, que já contava com Fernando Pimenta em K1 1.000 metros, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela em K4 500 e Teresa Portela em K1 200, nas provas de canoagem de velocidade em Tóquio2020, e de Antoine Laynay, em slalom.

Portugal vai contar com cinco representantes nas competições de ténis de mesa, com Shao Jieni, apurada através do 'ranking' de qualificação, e Fu Yu, que tinha garantido o 'passaporte' graças à presença na final dos Jogos Europeus, que venceu, no torneio individual feminino, e com a equipa masculina, que venceu o seu grupo no torneio de qualificação olímpica.

Em Gondomar, os já olímpicos Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Monteiro asseguraram nova presença na prova de equipas, na qual no Rio2016 foram eliminados na primeira ronda pela Áustria, e dois na competição individual.

A representação na modalidade iguala a dos portugueses nas competições de vela, com os 'repetentes' Jorge Lima e José Costa, que, em 49er, foram os primeiros portugueses a assegurarem a presença em Tóquio2020, aos quais se juntaram, já em 2021, Carolina João, de 24 anos, para a competição de Laser Radial, e os irmãos Diogo Costa e Pedro Costa, em 470.

Portugal vai estar pela primeira vez nas provas femininas de 'cross country' olímpico (XCO), após um processo de qualificação para o qual contribuiu sobretudo Raquel Queirós.

Aumentaram assim para quatro as vagas no ciclismo, incluindo outra estreia, igualmente no feminino, com Maria Martins no ciclismo de pista, depois de se ter qualificado através do 'ranking' de omnium.

No ciclismo de estrada, Portugal vai ter duas vagas em Tóquio, por via do 23.º lugar no 'ranking' olímpico, que dá à seleção o direito a ter dois ciclistas na prova de fundo, um dos quais com entrada para o contrarrelógio, e outro no 'crono' depois do oitavo lugar de Nelson Oliveira na especialidade nos Mundiais de 2019.

No equestre são também quatro as vagas asseguradas, com Luciana Diniz, nona no Rio2016, a garantir a presença na prova de obstáculos, ainda não sendo oficial que será a luso-brasileira a viajar para Tóquio.

Antes, já estavam assegurados três atletas na equipa de ensino, com a vaga conquistada por Maria Caetano, Rodrigo Torres, João Miguel Torrão e Duarte Nogueira no Europeu.

Pedro Fraga, que vai para os terceiros Jogos, e Afonso Costa garantiram o apuramento em 'double scull' ligeiro, e asseguraram o regresso do remo nacional aos Jogos, após a ausência no Rio2016.

Rui Bragança, de 29 anos, 'carimbou' o passaporte para a sua segunda presença olímpica consecutiva, no caso para o torneio de taekwondo, na categoria de -58 kg, enquanto o tiro com armas de caça regressa com João Paulo Azevedo no fosso olímpico.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto de 2021.