Funchal, capital de confiança
A grande obra realizada foi o investimento nas pessoas, com a criação de diversos programas sociais
“Há dias tão lindos que a gente tem medo de lhes tocar - imóveis, e dum azul magnético. A vida não tem peso, tudo parece um sonho. O sopro tépido vem dos montes. E isto bebe-se devagarinho, aos golos”, assim escreveu sobre o Funchal, Raul Brandão, em “As Ilhas desconhecidas”. É por esta cidade assim descrita, com uma história de mais de quinhentos anos, que projectamos o futuro. Quiseram os funchalenses que em 2013 eu assumisse os destinos da minha cidade. Sei que fizemos história numa mudança que marcou uma viragem política, mas acima de tudo, deu oportunidade a quem aqui vive de experimentar outra governação, outra postura, outras ideias, outras políticas.
Nada foi igual, a vida de quem reside na nossa capital melhorou significativamente, e não foi por obra do acaso, que em 2017 as pessoas reforçaram este projecto com uma maioria absoluta, apesar de termos todos a consciência que muito há ainda por fazer.
É por isso enorme a responsabilidade que temos neste ano de eleições autárquicas, em que o Miguel Silva Gouveia, dá a cara por um projecto político que conhece bem e que tem liderado nos últimos dois anos, com competência, seriedade e rigor, mas acima de tudo, com amor à cidade, o seu único interesse.
Mas a responsabilidade que acima referi tem de ser partilhada com os funchalenses, porque o que está em causa é continuar a avançar, e não deixar que se regresse a um passado recente de má memória, protagonizado por aqueles que deixaram a Câmara em ruína financeira e que agora empurrados, querem tomar de assalto o Funchal, vá lá saber-se com que interesses.
Foram muitas as mudanças alcançadas neste tempo novo, das quais destaco uma redução brutal da dívida em 70 milhões de euros, ao mesmo tempo que se reduziram impostos, como o IMI para a taxa mínima, e começou a pagar-se a tempo e horas aos fornecedores, depois de anos de calotes.
Resolveram-se problemas sempre adiados, como a retirada do amianto dos bairros camarários, que através do programa Amianto Zero, permitiu construção de habitação completamente nova, num investimento de 5 milhões de euros que melhorou a vida de 300 pessoas. Sabemos que a habitação continua a ser um problema, e a Estratégia Municipal de Habitação, feita pioneiramente aqui no Funchal, irá permitir a construção de 4 novos bairros habitacionais e a aquisição de 5 imóveis para recuperar no centro da cidade, num investimento de 28 milhões de euros que permitirá alojar 202 famílias.
O investimento nas zonas altas, com novas acessibilidades, novas redes de água e saneamento, bem como o asfaltamento de muitos quilómetros de estradas, também permitiu outra qualidade de vida.
Mas a grande obra realizada foi o investimento nas pessoas, com a criação de diversos programas sociais, como a comparticipação de medicamentos, o apoio ao arrendamento, os manuais escolares gratuitos, as bolsas de estudo para os estudantes do ensino superior, os programas de formação e ocupação em contexto de trabalho, e inúmeros os programas de educação e capacitação. E lembram-se do tão criticado orçamento participativo que depois, e bem, foi aplicado pelo Governo Regional?
E porque é importante ter memória, foi estratégica a melhoria dos serviços camarários e das infra-estruturas, com a abertura da Loja do Munícipe, da criação do Balcão do Investidor, da reabilitação do Lido e do Cais do Carvão, das obras no Matadouro que criará uma nova centralidade cultural, no Museu de História Natural, no Museu do Açúcar, no Teatro Baltazar Dias, na Junta de Freguesia do Imaculado, nas Águas do Funchal, entre tantos outros.
Mas não há serviços sem pessoas, e o recrutamento de centenas de técnicos e operacionais melhoraram as respostas aos munícipes, e tenho de destacar a entrada de 30 novos bombeiros, o que já não acontecia há quase 20 anos.
A par de planos estratégicos como o PDM e o PAMUS (mobilidade), a criação de ARU e a estratégia de Reabilitação urbana, permitiu a recuperação de mais de 100 edifícios, que tal como a dinamização da cultura, foi determinante como factor de desenvolvimento de uma cidade moderna e virada para o futuro. É isso que queremos, continuar a fazer futuro.