Guaidó exige entrada do Programa Alimentar Mundial no país
O líder opositor Juan Guaidó pediu hoje a união dos para exigir a entrada do Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, na Venezuela, para ajudar a enfrentar a crise, sublinhando que cada vez há mais pobreza extrema.
"Faço um apelo, novamente às organizações não-governamentais, à sociedade civil e aos milhões de venezuelanos que hoje não têm alimentos diariamente, para começar a exigirem a entrada do PAM na Venezuela", disse.
Juan Guaidó falava durante uma conferência de imprensa em Caracas, em que questionou os representantes dos partidos políticos que o acompanhavam se os venezuelanos se preocupavam mais pela "covid-19 ou a fome" recebendo em uníssono a resposta pela "fome".
"O vírus não te afeta o estômago todos os dias (...) mas não podemos deixar de atender nenhuma das ações", frisou, e considerou que a população também está preocupada pela pandemia de covid-19.
Segundo as autoridades venezuelanas, o novo coronavírus e que as autoridades locais registaram 139.934 casos positivos, e 1.353 mortes associadas à doença da qual 132.052 pessoas recuperaram.
Durante a conferência de imprensa, Juan Guaidó instou ainda os venezuelanos a consolidarem "a maior unidade possível" para enfrentar o Governo do Presidente Nicolás Maduro e para conseguir a pressão internacional necessária para a realização de eleições livres e justas no país.
"É parte do que falamos nas reuniões com os nossos aliados", frisou.
Segundo Juan Guaidó, o atual regime "pretende sequestrar o poder para usá-lo em benefício próprio e não para salvar vidas" e "por isso a União Europeia sancionou (recentemente) os que hoje atentam contra a democracia".
No entanto, explicou, que "a prioridade é atender a emergência humanitária e aliviar a dor dos venezuelanos", mas que isso "só será possível com maior e melhor unidade para enfrentar a ditadura".
Segundo a imprensa venezuelana, entre julho e setembro de 2019, o PAM analisou a situação alimentar na Venezuela, na sequência de um convite feito pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro, tendo registado que 7,9% da população (2,3 milhões) está no nível de insegurança alimentar severa e 24,4% (7 milhões) em insegurança alimentar moderada.