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Joacine questiona Governo sobre prioridade na vacinação de trabalhadores essenciais

Foto: Global Imagens
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A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira questionou hoje o Governo sobre a data prevista para vacinação prioritária de trabalhadores essenciais, nomeadamente os profissionais de serviços de limpeza dos hospitais ou motoristas de transportes públicos.

Numa pergunta dirigida à ministra da Saúde, Marta Temido, a deputada não-inscrita sustenta que os trabalhadores essenciais, "por prestarem um trabalho na linha da frente", e dado que a sua função laboral é considerada "como de primeira linha no combate à pandemia", devem ser também considerados "prioritários na vacinação".

Ressalvando que alguns profissionais das forças de segurança, da proteção civil ou profissionais dos lares foram vacinados, Joacine escreve que, porém, outros trabalhadores essenciais "não o foram".

Entre esses, a deputada destaca os que trabalham "nos serviços de limpeza dos hospitais, os motoristas de transportes públicos ou os piquetes de serviços de infraestruturas".

Katar Moreira aponta que estes profissionais estão "igualmente expostos, dada a natureza do seu trabalho, como outros trabalhadores considerados essenciais, não estando incluídos nos planos de vacinação prioritária", ao contrário do que acontece em Espanha ou Itália, escreve.

"Acresce que a Comissão Europeia aconselhou a que os trabalhadores essenciais fora do setor da saúde fossem considerados prioritários, bem como aqueles do setor da assistência social, nomeadamente os que estão diretamente envolvidos no cuidado de pacientes ou que atendem clientes de risco elevado", argumenta a deputada, que pede uma "maior discriminação" e consequente "necessidade de atualização" das categorias do plano de vacinação.

A deputada não inscrita entregou também hoje uma outra pergunta, dirigida a Marta Temido, na qual pretende saber "para quando exatamente está prevista a vacinação dos profissionais em prática isolada", como os terapeutas de fala, os fisioterapeutas, os terapeutas ocupacionais ou os higienistas do setor social, privado e trabalhadores independentes.

"Atendendo a que muitos destes profissionais atendem pacientes de extrema vulnerabilidade e em contexto de elevada proximidade, é crucial que a sua vacinação seja também considerada prioritária", alerta, alegando que não existe "informação concreta sobre em que fase de vacinação é que serão inseridos".