Emanuel aceita ser vacinado; José António e Dinarte "prescindem"
Os presidentes de Câmara do Porto Moniz, São Vicente e Santana têm vontades diferentes e visões completamente distintas sobre o direito, com carácter prioritário, à vacina contra a covid-19.
“Ainda não fui contactado, mas vou respeitar as directrizes da Direcção Geral de Saúde e as recomendações das autoridades regionais”, afirmou há instantes o edil do portomonizense.
Já José António Garcês disse “prescindir”, uma vez que, “atendendo à minha situação, acho que há pessoas mais prioritárias e, obviamente, dou essa prioridade”, resumiu em poucas palavras o sentimento.
Por seu turno, Dinarte Fernandes, edil santanense, também diz prescindir: “Não me considero uma prioridade em relação a outras pessoas”, afirmou durante o contacto.
O assunto surge à ‘baila’ precisamente no dia em que foi dado início à vacinação contra a COVID-19 na Região de entidades com cargos de decisão política, nomeadamente o Representante da República, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, o presidente do Governo Regional da Madeira, o secretário regional da Saúde, a presidente do SESARAM, o presidente da Protecção Civil, o director regional da Saúde, todos vacinados esta manhã, indicou o gabinete do secretário regional da saúde.
De acordo com a norma da DGS publicada no dia 30 de Janeiro, os titulares de órgãos de soberania e entidades públicas passam a integrar esta fase prioritária de vacinação. Na continuação desta Campanha serão também vacinados demais membros do Governo.
Emanuel Câmara é um ex-árbitro de futebol, tem 60 anos de idade, já sofreu um AVC e sofre de hipertensão, mas revela que não é por esse facto que deve ser colocado à frente de outros cidadãos.
Os seus homólogos são mais novos. José António tem 44 anos enquanto Dinarte Fernandes tem 36. Ambos não apresentam comorbidades que aumentem o risco de agravamento do quadro clínico em caso de contraírem o SARS-CoV-2.