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2021: O que vem aí?

Quando chegar a minha altura de ser vacinada, vou, com toda a consciência, e peço que façam o mesmo

É uma grande responsabilidade escrever neste dia primeiro do ano de 2021, com tantas incógnitas deixadas pelo ano de 2020, que terminou ontem.

Estamos apenas a viver o primeiro dia após 2020. É apenas isso e só isso. Nada mudou de ontem para hoje. Precisamos de ser realistas e não cair nas tentações banais de desejar que tudo seja novo e limpo das más influências do ano que terminou.

Eu acredito piamente que este ano será diferente. Como? Não sei dizer. Porque, como costumo ter os pés bem assentes na terra, acho que previsões à moda das/os “curandeiras/os” que por aí abundam não resolvem nada.

Acredito que será diferente, até porque vamos ter dois atos eleitorais importantes para o nosso País e para a nossa Região. Mesmo vivendo uma situação pandémica, não devemos nos abster de decidir sobre aquilo que cada um de nós quer para os destinos da Presidência da República e dos nossos Municípios e Freguesias.

Eu, como toda a gente sabe, sou apoiante de coração da Marisa Matias. Não pode existir qualquer dúvida sobre essa matéria. Não por ela ser do Bloco, mas, acima de tudo, porque é uma mulher ímpar, com um sentido humanista importante, com provas dadas em muitas áreas, que prova que é uma mulher que está preparada para ser a Presidente do nosso País. Precisamos de Mulheres assumidas nos diversos cargos políticos. Precisamos de mulheres sem medo, com trabalho e com história na defesa dos direitos de todos, mas nunca esquecendo que é mulher, e como tal, os nossos direitos têm que estar sempre presentes na sua magistratura de influência.

Precisamos de mulheres que honrem as mulheres e as suas lutas, sem vergonha do nosso passado, mas inspirando-se nele para continuar a construir um futuro melhor para todas as gerações. A Marisa é isso tudo, mais a sua simpatia afetuosa, que não fica nada a dever a ninguém, a não ser ao seu jeito de ser autêntica, e muito querida, na sua maneira de ser e estar. Esta mulher merece ser apoiada e merece ter muitos votos, sobretudo das mulheres, que precisam de se sentir representadas também por outras mulheres nas mais altas instâncias da Nação.

Gostava, também, de falar um pouco na vacina contra o COVID-19. Existem por aí muitas teorias contrárias à vacina, nas quais inventam toda uma série de argumentos, alguns sem qualquer base científica, tentando influenciar a opinião pública para não a levar quando chegar a altura certa. Todo este debate fez-me recordar um facto real que marcou para sempre a vida de uma pessoa que me foi muito querida. O Paulo nasceu em 1953 e teve Poliomielite aos 9 meses de idade, que o deixou deficiente de uma perna durante toda a vida. A vacina para essa doença só foi descoberta em 1954. Se ele tivesse tido a oportunidade de ser vacinado antes, podia ter evitado essa deficiência que o afetou profundamente e dificultou o seu processo de recuperação quando mais precisou. Se falo nisto hoje, é apenas para chamar a atenção que um mundo sem vacinas é um mundo pobre. As vacinas salvam vidas. Existem para nos protegerem e esta, com certeza, não será diferente das demais. Cuidado com as opiniões que todos os dias nos são enviadas, contrariando a ciência, que tem sido um grande avanço civilizacional. Quando chegar a minha altura de ser vacinada, vou, com toda a consciência, e peço que façam o mesmo.

Desejo, com todo o coração, que tenhamos muita saúde neste novo ano, para vivermos bem, e sabermos enfrentar as coisas más mas, também, saborear o que a vida ainda nos tem para oferecer. Façamos por isso.

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