Sindicato quer mais professores para salvaguardar grupos de risco na Madeira
O Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) disse hoje que são necessários mais docentes para salvaguardar os grupos de risco na região, apesar de o número de colocados ser idêntico ao do ano passado e haver menos 1.800 alunos.
"O número idêntico de professores ao do ano passado seria suficiente se as condições fossem as do ano passado, mas não são", alertou Francisco Oliveira, coordenador do SPM, em conferência de imprensa, no Funchal.
O sindicalista realçou que, face à crise pandémica, são agora necessários mais professores para salvaguardar os grupos de risco, para ajudar na recuperação dos prejuízos causados pelo ensino à distância e para garantir o distanciamento físico, que obriga à constituição de turmas pequenas.
O ano letivo 2020/2021 na Região Autónoma da Madeira, cuja abertura decorre de forma gradual até 17 de setembro, envolve 42.000 alunos, cerca de 4.000 funcionários e 6.200 professores, dos quais 95% têm vínculo permanente.
Apesar da redução no número de alunos, Francisco Oliveira alerta para os professores em grupos de risco, sendo que a média nacional aponta para 10%.
"Se aqui for também 10%, são 600 professores. Esses professores, neste momento, estão obrigados a ir para a escola e nós achamos que não deviam", disse.
E reforçou: "Aconteceu recentemente sair legislação para garantir o ensino à distância para os alunos de grupos de risco e, na nossa opinião, é imperioso que se garanta também o afastamento dos professores à exposição normal numa sala de aulas".
O sindicato considera, por outro lado, que são necessários mais docentes para garantir a "recuperação dos prejuízos causados pelo ensino à distância" durante o período de confinamento.
"Já ninguém tem dúvidas que o ensino à distância deixou muitas marcas negativas nas aprendizagens dos alunos", realçou.