Madeira

Fachada do imóvel que colapsou no interior “não oferece risco”

Presidente da CMF responsabiliza PSD e CDS por ter chumbado a declaração de prédios como devolutos

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Alertado pela notícia do DIÁRIO que esta tarde deu conta do susto registado na Rua do Ribeirinho na sequência do abatimento de interior de edifício devoluto, o presidente da Câmara Municipal do Funchal foi já ao local verificar a situação e acaba de reagir ao sucedido.

Edifício em risco de ruir na Rua do Ribeirinho após desabamento do interior

Piso do primeiro andar em madeira totalmente podre soterrou rés-do-chão e faz temer o pior

Por um lado para responsabilizar PSD e CDS pela não aprovação da declaração de prédios devolutos, por outro, para garantir que a fachada do prédio em questão não está em risco de também colapsar.

Em declarações ao DIÁRIO, Miguel Silva Gouveia começa por assinalar que esta ocorrência “vem confirmar a estratégia que o município tem mantido desde alguns anos a esta parte, de identificação e combate aos prédios devolutos, apesar de ter sido chumbado pelo PSD e pelo CDS na Assembleia Municipal [do Funchal], a declaração de prédios como devolutos é um instrumento importante para a segurança da cidade."

"E hoje tivemos mais um exemplo disso. Temos tido praticamente todos os meses um foco de incêndio, seja aqui no centro do Funchal, seja um pouco mais na periferia. Porque ficando devolutos ficam sujeitos à utilização por pessoas em situação de sem-abrigo, por pessoas que os utilizam para a toxicodependência, para prostituição, para tráfico, enfim, e depois acabam por gerar alguns focos de incêndio. Além disso criam situações de insalubridade e de risco para pessoas e bens como este caso na Rua do Ribeirinho" Miguel Silva Gouveia, presidente da CMF

Dito isto, tranquiliza, para já, quem habitualmente frequenta a concorrida Rua do Ribeirinho. Em causa a avaliação entretanto feita pelo Serviço Municipal de Protecção Civil e pelo Departamento de Infra-estruturas e Equipamentos.

“Foi feita uma análise estrutural e a fachada não oferece risco”, garante. Confirma que “o colapso foi exclusivamente interior de algumas madeiras do soalho que colapsou do piso 1 para o rés-do-chão”.

Foi também identificada “uma porta que ficou danificada e aberta para o exterior que a Câmara irá agora providenciar o seu encerramento” para evitar mais problemas no imediato. “Portanto vamos fechar [a porta danificada] e notificar o proprietário do risco que representa para pessoas e bens o seu imóvel e solicitar dentro do prazo que é normalmente de 30 dias, a limpeza do interior do imóvel”, concretizou.

Recorde-se que o desabamento do piso do primeiro andar e tecto do rés-do-chão ocorreu esta tarde, cerca das 15 horas, assustando quem se encontrava nas imediações do edifício.

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