Chega, vamos avante

Mascarados na nova rentrée política começam a aparecer as mensagens próprias da época. Fim de férias, inicio de actividades ou pelos menos esperam-se que se iniciem dadas às inúmeras incertezas que pairam neste nosso país e no mundo, pois como todos os surtos de doenças, epidemias, pandemias ou manias demoram a se adaptarem às circunstância a que a sociedade terá de se adaptar. Quem não se lembra, da catastrófica SIDA, da gripe das aves (H5N1) 2005, da gripe suína (H1N1) 2009, e o actual COVID 19, que paralisou o mundo e continua a destruir as economias de muitos países, principalmente os mais frágeis e mais dependentes do exterior, com é o caso específico da nossa. Reiniciar das actividade levará a que muitas das mesmas estejam condicionada, pois a ciência ainda não conseguiu implementar uma solução para a mesma e os governos não conseguem implementar um modelo para promover a reativação das actividade em pleno. Entretanto pelos lados da classe política começam os preparativos para uma nova investida. A batalha começou por condicionar um evento que faz parte do calendário das actividades partidárias. A festa do Avante se seria ou não permitida e os seus condicionamentos. Mas será que a sua aprovação teve um preço? será que a aprovação do próximo orçamento de estado influenciou a sua permissão? A ver vamos, pois como em tudo neste país tudo tem o seu preço, a começar pela dignidade e a ingenuidade dos cidadãos. Mas e as festas partidárias não se resumiam a um só partido, todos sem excepção, têm um calendário festivo a cumprir que a pandemia «impediu» ou (adiou). Mas há um que os meios de comunicação teimam em ignorar e não é porque tem um só deputado representado na actual assembleia da república, porque seja novo, porque se debate contra o regime em vigor, porque acham muitos denominam que o seu líder é populista, fascista, xenófobo, racista, porque não defende o politicamente correcto e ataca o sistema de forma veemente a que os políticos “tradicionais” não estavam habituados, principalmente aqueles que criaram o «mostro, corrupção» e que agora estão com medo dele e se sentem incomodados, mas que pela sua crescente expansão, já se ouve até por aí muitos com a vontade e quiçá algum oportunista a querer colar-se ao que poderá vir a ser uma alternativa e uma nova forma de estar e fazer política. Se a coragem do povo despertar para uma alternativa, nunca poderá ser-la se for novamente sequestrada por oportunistas e vigaristas que andaram todos estes anos a viverem à custa da ignorância do povo e se sustentarem com a sua miséria. Se quisermos que algo mude no nosso país, primeiro deverá mudar a atitude e o comportamento da classe política e ao modo como os portugueses sentem e reagem em democracia, começar por acabar com a abstenção, pois não é essa a solução para combater a corrupção nem a maneira de demonstrar a sua revolta e indignação contra um regime que à mais de 46 anos anda a abusar da paciência de um povo demasiado ingénuo. Porque as conquistas que a liberdade permitiu e que em democracia haja sempre uma nova alternativa e um renovar constante de oportunidades. Como diz o ditado: o mundo não pode parar, aguardam-se novas e derradeiras oportunidades, vamos avante, a paciência esgota-se pois já chega de tolerâncias.

A. J. Ferreira

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