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Rali Vinho da Madeira Desporto

Antes uma máscara 'tatuada' do que uma covid frenética

O filme do primeiro dia do rali faz-se com os figurantes de sempre, metidos este ano num novo enredo

O filme oficial é uma coisa. Bonita, quase sem mácula. Pausada, como se o rali não fosse veloz. Plástica, apesar de muito vidro... e lata. Vistoso, logo, a ver.

Bem distinta é a rodagem de cenas não contempladas no mais insuspeito dos guiões 'por Santana dentro'.

O distanciamento social é miragem e a banda sonora não é recomendável. Por isso, abra apenas se for curioso. Não nos responsabilizamos pelos efeitos que possa causar. Ouviu-se ao longo de quase todo o dia!

É intervalada com umas malhas. A primeira que se ouve na megafonia da Silveira - pelo menos cinco megafones debitaram sirenes, sininhos de natal e músicas de escárnio - não poupa a meteorologia. Ouviram alguns que o tempo estaria instável a Norte. E lá foram de corta-vento, mantas e gorros. Foi o que se viu. Toca a despir!

Neste novo normal houve até quem quisesse ir à ilha ao lado "a nado". Ao lado, duas grades aviadas e ainda nem havia sinais de carros. Haveriam de chegar.

Noutras paragens foi pior. Houve operação stop aos cavalos de corrida?

"Vida de pobre é dura"

As caixas térmicas pesam. Mas fazem parte da romaria. O povo em festa exibe-as, determinado em exorcizar o confinamento. Traz de tudo, quase sempre o mesmo. Porque "vida de pobre é dura", segredam-nos. Mas com saúde e umas fresquinhas não há bicho que pegue.

É por causa do Coronavírus que o 'carnaval' chegou mais cedo. As máscaras marcaram o dia e vão deixar alguns marcados. Com a "intensa canícula" e o sol a bater de frente a 'tatuagem' está garantida. Antes isso do que uma covid frenética.

As máscaras também passaram a fazer parte da indumentária da competição.

Um oleado que sai caro

Uma outra sova que deu nas vistas ocorre quando alguém tenta apropiar-se de um 'oleado', ou seja, de uma das lonas publicitárias que valem mais do que muitos pensam. Cada uma custa 60 euros. Não admira que muitas desapareçam. É que há quem lhes dê outra utilidade, desde a cobertura de telheiros a tapumes destinados a obter adubos fertilizantes.

Também há bons gestos na estrada, No fecho de reportagem  elogiamos em directo um fervoroso adepto do rali  e do ambiente. Levava num saco plástico o vasilhame do que havia consumido. Não era coisa pouca.

Apercebeu-se do mimo e fez questão de sublinhar que é prática corrente: "Cumpro com tudo", desabafou, entre um soluço e uns zigue-zagues repentinos. Lembraram-lhe de imediato que era melhor não conduzir!

A estrada é para quem sabe. Para os sortudos e para os azarados. Rui Pinto falhou um controlo e nem partiu para a estrada. Miguel Correia ficou na 1.ª PEC.

E houve mais. Desde o azar do Jarimba

a duas baixas com direito a reboque conjunto:

Alguns voltam hoje em Super Rali. Saiba quais e qual a ordem da partida:

Ainda falta metade para o fim, embora há já quem o espreite.

Mas a vindima dura até ao lavar dos cestos, com certeza que vem tudo no DIÁRIO.

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