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Madeira

Ranking nacional de escolas compara o incomparável

Jorge Carvalho critica que se meta “na mesma bitola ambientes que são completamente diferentes”.

O secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, desvaloriza o ranking nacional das escolas por entender que o mesmo compara o que não é comparável ao colocar “na mesma bitola ambientes que são completamente diferentes”.

O governante madeirense considera que o verdadeiro ranking seria compara aquilo que é comparável, ou seja, “comparar-se escolas que levam a exame o mesmo número de alunos, seja nas dezenas, nas centenas ou mesmo nas unidades, e não pelo todo, como acontece”, diz.

Declarações à margem da visita, ao início da tarde, à Delegação da Região Autónoma da Madeira do Júri Nacional de Exames, onde voltou a criticar a forma como são apresentados e comparados os rankings nacionais.

“Por isso é que nós olhamos mais para este desempenho das nossas escolas numa perspectiva interna e numa perspectiva de evolução do que propriamente numa perspectiva de comparação”, justificou.

Jorge Carvalho entende que “não é muito líquido estarmos a comparar escolas que tem apenas uma turma ou duas, têm 20 ou 30 alunos que são submetidos a exames, com escolas que levam centenas de alunos a esses mesmos exames”.

Por outro lado, reforça, comparam-se realidades distintas no Ensino, lembrando que as escolas públicas “têm uma responsabilidade social que muitas das vezes essas mesmas instituições (privadas) não têm. A escola pública é uma escola inclusiva, é uma escola que procura responder a todos os alunos, e à medida que responde a todos, também responde em medidas diferenciadas”, sublinhou.

Argumentos para valorizar os indicadores do ponto de vista do sucesso, que “são satisfatórios”. Nomeadamente os “indicadores relativamente às taxas de transição que andam muito próximo dos 100 por cento, e isso é o que efectivamente nos deixa tranquilos relativamente a esse desempenho das nossas escolas”, afirmou.

O secretário com a tutela da Educação reconhece que é importante “termos a percepção de conjunto”, mas levando em linha de conta o “contexto sócio-económico e cultural” onde cada escola está inserida e o respectivo “projecto-educativo”, que considera ser uma aposta de “sucesso” na Região.

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