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País

Falta de claridade na EDP transposta para jornais

Afastamento de Mexia é incontornável. Covid-19, turismo e economia também fazem primeiras páginas

Portugal comprou mais de 600 mil máscaras sem qualidade garantida. A ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) apreendeu 627 mil máscaras, usadas por profissionais de saúde, por falta de requisitos de segurança, revela a manchete do Público. Especialistas pedem planeamento, melhor informação e mais recursos. Já o Fórum Médico alerta para “gestão política da economia mal conduzida e com impacto negativo”. Nas chamadas, Miguel Stilwell substitui António Mexia, suspenso de funções na EDP no caso das rendas excessivas. Na primeira ainda a morte de Ennio Morricone, o “imperador” das bandas sonoras. O compositor italiano fez música para mais de 500 filmes, incluindo muitos western.

“Militares produzem medicamentos para doenças raras”, diz a principal desta terça-feira do JN. O laboratório assegura tratamentos que não dão lucro à indústria farmacêutica, como a Síndrome de Menkes, que é um dos casos em que os doentes dependem do Exército. A imagem da edição é de Mexia, afastado pelo juiz, com caução de um milhão e impedido de entrar na eléctrica. Com direito a foto também, Jorge Jesus. O Benfica oferece 12 milhões ao treinador para deixar o Flamengo. O contrato de três anos iguala o valor do clube brasileiro e é o dobro do que recebia Bruno Lage. Nesta primeira página, duas histórias tristes: uma mãe que terá atirado um filho autista de 17 anos a um poço, o jovem foi encontrado sem vid; e a de uma menina em Sintra, abusada pelo avô e violada pelo padrasto. Com chamada ainda a homenagem a Morricone.

O Correio da Manhã fez as contas e a decisão do juiz Carlos Alexandre de afastar Mexia tira 475 milhões à EDP. Neste jornal, a informação de uma falha dos serviços prisionais: “Homicida de Beatriz Lebre morre com ligaduras esquecidas na cela”. Com destaque, o empate do Sporting fora de casa a zero frente ao Moreirense.

O Diário surge com um alerta: “Fadiga e falta de ar são sequelas que podem afectar até os doentes ligeiros”. Já os efeitos em infectados que precisam de ventilação, são graves quer nas funções físicas, quer cognitivas, lê-se na manchete. Pode haver ainda outros efeitos nos doentes ligeiros. Em grande plano, uma imagem da cônsul dos Estados Unidos da América nos Açores, Kathryn Ryan Hammond, com a família. Em pequenas chamas, o caso EDP; Carlos Costa, que termina amanhã funções como governador do Banco de Portugal, abrindo caminho a Centeno; o diferendo entre Portugal e o Reino Unido; e os incidentes no Irão, com Israel a liderar na lista de suspeitos. O cabeçalho está entregue e Ringo Star, que faz 80 anos. O ex-Beatle sente-se com 24, conta.

O i destaca-se pela originalidade da sua capa. Traz Fernando Medina de cabeça para baixo. “A cambalhota de Medina”, escreve na notícia maior da edição. O presidente da Câmara de Lisboa quer acabar com o alojamento local, que incentivou. “Proprietários e inquilinos não entendem este ziguezague político”. “Carlos Alexandre afasta intocáveis da energia” está também na nobre. Nesta edição, chamadas para o calor, para a peste negra, para a covid-19 e para os exames nacionais. No cabeçalho, a morte de Ennio Morricone: “Morreu a música do cinema”.

No Negócios, o caso EDP, com a saída de Mexia e substituição pelo até agora administrador financeiro está naturalmente em grande plano. Manso Neto também foi afastado. O jornal traz o trajecto dos CEO que apostaram nas renováveis sob o título “Fim de um ciclo”. Na manchete, a notícia de que metade das famílias só tem poupança para cinco meses, o que faz de Portugal um dos países mais vulneráveis à crise. Nas chamadas menores, o país sem alternativa aos britânicos no turismo; Marta Temido,  ministra da Saúde, é a mais popular, por enquanto; e o Estado já injectou 41 milhões nos comboios.

O empate do Sporting domina os desportivos. “Alegria ao Minho”, escreve A Bola. “Bloqueio Criativo”, opta O Jogo. “Penaltis travam Leão” foi a escolha do Record.

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