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Os dependentes dos votos

Todos nós, seres humanos, dependemos de algo ou de alguém. Infelizmente, por mais saúde e dinheiro que tenhamos – duas das principais coisas que precisamos para a nossa vida andar bem – não podemos dizer que não dependemos de nada ou de ninguém.

Qualquer pessoa minimamente consciente, sabe que não pode viver totalmente independente.

Contudo, há dependências que muita gente cria e que nem todos nós somos obrigados a seguir o (mau) exemplo.

Os dependentes do álcool, do tabaco, das drogas, são casos concretos, porventura os mais vulgares e conhecidos e tal como são conhecidas as suas nefastas consequências, não só para eles como para as suas famílias em particular.

Com a mudança de regime no nosso país, a juntar a estas “dependências” já existentes (a da droga não tanto) juntou-se uma outra também extremamente grave e com reflexos (quase sempre negativos) para toda a sociedade.

Trata-se da “ dependência dos votos”!

E, acreditem, esta “dependência” é tão grave quanto as outras!

Podem ter contornos diferentes, mas os objetivos são idênticos.

O sentir-se e estar bem!

O fumador (viciado) o alcoólico (inveterado) o chamado “drogado”, são capazes de (quase) tudo fazerem para adquirirem aquilo que os faça sentir bem.

No “dependente do voto” acontece a mesma coisa.

Que fique, contudo, bem claro. Não estamos a falar em todas as pessoas que fumam, que bebem ou mesmo nos que, às vezes, até só por curiosidade, tomam uma droga ligeira.

Muito menos nos referimos aos que, simplesmente, sentem vontade de servir o País, a sua Região, o seu Concelho ou Freguesia.

Estamos a nos referir aos verdadeiros “doentes” pelo tabaco, pela bebida, pela droga ou pelo Poder!

Especialmente a estes últimos. Porque são esses tais ”que vivem a pensar nos votos” os únicos cuja “doença” só prejudica os outros, inclusive, o próprio País.

Não olham a meios para atingirem os fins.

Perseguem, intimidam, criticam, mas se lhes convir, elogiam, acarinham e até condecoram, na mais profunda e hedionda hipocrisia.

Este vírus para além do mal que nos trouxe, deu azo a várias bajulações idiotas e elogios gratuitos de bradar aos céus.

Hoje aquele País que era um exemplo para o mundo é dos que regista maior número de infeções em toda a Europa.

Talvez se nos tivéssemos limitado a registar o sacrifício de um povo que se refugiou em casa por MEDO (natural) da doença e da morte e não para servir de exemplo a nada, nem a ninguém, ao mínimo sinal de melhoria da doença não tínhamos bandos de irresponsáveis a desafiarem a pandemia e a colocar o país e a maioria do seu povo numa situação delicada.

Na Madeira – é importante realçar – apesar também da evidente existência de inúmeros “dependentes dos votos”, até agora, os seus governantes, sem alaridos e gabarolices têm levado a água ao seu moinho.

Esperamos que assim continue a bem da nossa terra e das suas populações.

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