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Acção da PSP na Ponte 25 de Abril com menos condutores sem justificação

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A Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou hoje nova acção de sensibilização e fiscalização rodoviária, à entrada da Ponte 25 de Abril, no sentido norte-sul, para garantir que as restrições impostas pelo estado de emergência sejam cumpridas.

Pouco antes das 15:00, já se começava a formar uma longa fila de viaturas, motivada pelo corte de duas das três vias de trânsito, com a PSP a interpelar todos os automobilistas acerca dos motivos que os levavam a circular na via pública.

Uma semana depois da primeira operação, no mesmo local, a subcomissário da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa, Cátia Brás, disse à Lusa que hoje “os condutores têm cumprido as restrições impostas pelo estado de emergência e que existem muito menos condutores sem justificação válida para circularem na via pública”, enaltecendo a colaboração dos portugueses com as autoridades no decorrer das acções.

A meio da tarde de hoje, cerca de 700 viaturas já tinham sido fiscalizadas, das quais 20 foram encaminhadas para Alcântara por não apresentarem motivos válidos para circular.

“Os condutores apresentam-nos as mais diversas justificações. Residem em Lisboa, mas querem ir à Margem Sul às compras, visitar familiares ou ter com alguns amigos, ou seja, não estão a cumprir as restrições impostas pelo estado de emergência”, contou, acerca dos condutores que, desviados pela estrada do Alvito, não puderam atravessar a ponte.

De 28 de Março até hoje, a PSP já realizou, no comando metropolitano de Lisboa, cerca de 560 operações de fiscalização e de sensibilização, das quais resultaram em 28 detenções a nível rodoviário e 13 a nível criminal, as últimas “por desobediências ao estado de emergência”, indicou Cátia Brás.

“Durante este fim de semana e durante a próxima semana, a PSP irá realizar diversas operações e iremos continuar a interpelar todos os condutores, saber o motivo que os leva a circular na via pública”, assegurou, frisando que, entre os dias 9 e 13 de abril, as acções serão intensificadas, para impedir ao máximo as deslocações dos portugueses na Páscoa.

Na fila para atravessar a Ponte 25 de Abril esteve Cristina Palma, que teve o acesso permitido por um agente, após explicar que estava de regresso a casa depois de ter ido buscar a filha à Amadora, onde se encontrava em isolamento voluntário.

“A minha filha veio de Londres há 15 dias, estava com a prima numa casa de familiares que estava vazia e acabou hoje o isolamento. Moramos em Almada e vamos regressar a casa”, contou à Lusa a condutora, que considerou a operação necessária, pois “algumas pessoas não têm motivo e estão a empatar um bocado quem tem necessidade de andar”.

Outros atravessam a ponte com necessidade de se deslocarem em trabalho, como é o caso de Gonçalo Basílio, médico veterinário, que trabalha na margem sul do Tejo, encontrando-se a caminho de “uma exploração”.

“É pena que haja pessoas que nestes dias se aproveitem. Sei que custa estar em casa, mas há pessoas que têm de fazer o seu trabalho e eu sou uma delas. Tenho de me sujeitar a estar na estrada”, expressou.

Em sentido inverso, de regresso a casa vinda do trabalho, estava Andreia Santos, que considerou igualmente importantes este tipo de acções policiais.

“Quem não tem de vir trabalhar, não tem de passar a ponte”, sublinhou a condutora.

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