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Acríticos

O Primeiro Ministro (PM) anda agora em entrevistas a tudo quanto é órgão de comunicação tentando aproveitar politicamente o aparente êxito no controlo da pandemia e nada tivesse falhado, como a falta de equipamento de proteção para o pessoal da saúde e isto apesar de haver mais de 2 mil infetados, que os lares de 3ª idade não foram descurados ainda que só agora e após dezenas de mortes é que se tenham tomado providências, e que a maior parte dos equipamentos encomendados tarde e a más horas não tenham ainda chegado ao País. O PM nunca descura é o aproveitamento político mesmo em situações de crise. A sua tática é passar o mais despercebido possível no início de qualquer crise, deixar correr algum tempo até a situação se amenizar, e retomar a iniciativa política não porque o assunto esteja resolvido mas para prometer a sua resolução futura de preferência num próximo OE. A sua maior preocupação é fazer com que nunca pareça que há alguma responsabilidade sua e do seu governo nas consequências da crise seja ela qual for, mas sim de outros. A estratégia do Governo contra o vírus, em face também de insuficiências do SNS não colmatadas pela governação socialista nos últimos 5 anos, foi confinar-nos em casa para conter a pandemia dentro da precária capacidade de resposta do SNS, o que serviu não para resolver mas adiar o problema o que é aliás a especialidade do PM. O confinamento não poderá durar muito mais ou destruirá a economia com encerramento definitivo de empresas, desemprego e miséria. Para se ter a noção da convicção do PM na atual crise basta atentar na sua recente afirmação que com ele jamais haveria austeridade em Portugal para poucos dias depois admitir que a austeridade talvez seja inevitável. “Milagre” haverá se após a retoma da atividade económica o SNS tiver capacidade para responder capazmente ao aumento inevitável de infetados pelo vírus e às restantes patologias. Seja qual for a crise não devemos ser acríticos deste ou de qualquer outro governo.

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