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Viva a Democracia!

Hoje, a Madeira é mais democrática do que nos últimos 43 anos.Hoje, tenho mais esperança no futuro deste maravilhoso arquipélago. Espero chegar ao dia em que a escolha de vida de cada pessoa seja um ato de vontade própria e não determinada por um partido político que impõe, constrange e limita o desenvolvimento pessoal, em função da orientação política individual.

Instalou-se, na Madeira, há 43 anos uma cultura de silêncios comprometidos e denúncias oportunistas, sob a égide de um mesmo partido político que governou com sucessivas maiorias absolutas, de forma autocrática e castradora.

Não me incomodaria a sucessão de vitórias, se estas fossem alcançadas de forma verdadeiramente democrática e livre. Se se tivesse cultivado uma postura crítica e tolerante, de respeito pela diferença e pela pluralidade de pensamento. Sou uma democrata e, como tal, nunca compreendi porque se cultivava o medo e a crispação gratuita entre os cidadãos, aproveitando-se da legitimidade democrática dada pelo povo. Parecia-me uma contradição. Suponho que o ser humano, num ato de fé ou de paixão, tende a abraçar causas coletivas por influência do grupo maioritário. A natureza humana tem esse resquício de primitividade pela busca da sobrevivência, que o leva a procurar suporte nesse grupo.

Reconhecendo que em 2015, houve condições favoráveis para o crescimento democrático nesta Região, o povo aproveitou e, nestas eleições, apostou numa mudança da matriz parlamentar, tirando a maioria absoluta ao PSD e reforçando o Partido Socialista. O povo é sábio e soberano, mesmo que não concordemos com as suas escolhas.

O Paulo Cafofo, líder do projeto governativo do PS, mas acima de tudo, amigo e colega de longa data e de outras lutas, encarnou a vontade das pessoas que quiseram encerrar um longo e esgotado ciclo político, na Madeira.

Paulo, o futuro está aqui....