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Aplicação russa FaceApp suscita alertas políticos nos EUA e na Europa

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A aplicação FaceApp, criada por uma empresa russa, baseada em São Petersburgo, que permite envelhecer rostos, provocou ontem alertas e declarações políticas nos EUA e na Polónia e Lituânia.

O líder dos democratas no Senado dos EUA, Chuck Schumer, escreveu na rede social Twitter: “O FBI (sigla em inglês da polícia federal) e a FTC (entidade de proteção dos consumidores nos EUA) devem avaliar imediatamente os riscos para a segurança nacional e a vida privada dos milhões de norte-americanos que utilizaram” a aplicação FaceApp.

Por seu lado, o Ministério da Defesa polaco indicou que “vários peritos apontaram os riscos ligados a uma proteção insuficiente da vida privada dos utilizadores” e que “vai tomar uma decisão com base nos resultados” das análises realizadas.

Já o vice-ministro da Defesa nacional da Lituânia, Edvinas Kerza, declarou à AFP que as autoridades da segurança digital no país estão a investigar as ameaças potenciais que a FaceApp pode representar à informação pessoal dos utilizadores.

A FaceApp, desenvolvida pelo editor russo Wireless Lab e que existe desde 2017, propõe telecarregar uma foto do utilizador e modificá-la com ajuda de filtros, para acrescentar um sorriso, fazer-se envelhecer ou rejuvenescer.

Trata-se da aplicação gratuita mais descarregada da Google Play, onde seduziu mais de 100 milhões de utilizadores.

O dirigente da empresa russa, Iaroslav Gontcharov, garantiu por seu lado, em entrevista ao Washington Post, que a aplicação não utilizava as fotos para outros fins e que a maior parte destas eram destruídas dos seus servidores nas 48 horas a seguir ao telecarregamento.

Avançou ainda que apesar de a sociedade estar baseada na Federação Russa, a informação dos utilizadores não era para aí transferida