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Em 2018 foram expulsos de França 15.677 ilegais

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Em 2018, mais de 15.600 estrangeiros foram forçados a abandonar a França, com um custo para o país de cerca de 14.000 euros em média por pessoa, revela um relatório do Parlamento francês divulgado hoje.

Segundo o trabalho dos deputados franceses Jean-Noel Barrot (do partido centrista Modem) e Alexandre Holroyd (do partido presidencial Em Marcha), o custo global da política de expulsão de estrangeiros em situação irregular foi de 468 milhões de euros no ano passado.

Os albaneses (2.112), os romenos (1.909) e os argelinos (1.525) foram as principais nacionalidades alvo de expulsão.

O relatório indica que em 2018, 30.276 estrangeiros em situação irregular abandonaram a França. Obrigados a sair deixaram o país 15.677, enquanto 7.754 saíram espontaneamente e 6.845 receberam ajuda financeira para um regresso voluntário ao país de origem.

O custo médio de um regresso com ajuda financeira oscila, segundo o mesmo estudo, entre os 2.500 e 4.000 euros, constatando os investigadores que “um aumento de 30% da ajuda induz um aumento de 30% nos retornos apoiados”.

É sublinhado ainda no estudo que abandonaram o país o ano passado apenas 40% dos 24.531 estrangeiros que se encontravam detidos e a aguardar a expulsão em centros de retenção administrativa (CRA) em França.

Na terça-feira, várias organizações não-governamentais francesas, incluindo a Cimade, alertaram o Estado francês contra “uma banalização da detenção” dos migrantes, que disseram ter-se “agravado muito desde a chegada ao poder de Emmanuel Macron”, o presidente francês.

As ONG sublinharam que os CRA foram “utilizados ao máximo” o ano passado, tendo-se registado “uma deterioração dos direitos” dos estrangeiros detidos.