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Ministério da Educação quer criar rede mundial de “escolas magalhânicas”

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O Ministério da Educação associa-se às comemorações dos 500 anos da viagem de circum-navegação com concursos, concertos, formação, desafios à escrita e à criação de uma rede mundial que ligue escolas das cidades tocadas por Fernão de Magalhães.

Durante a apresentação hoje em Vila Real das iniciativas da Educação no âmbito do programa das comemorações do V centenário da primeira viagem comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães, o secretário de Estado da Educação, João Costa, disse que se pretende promover o estudo, a partilha de conhecimento sobre a circum-navegação, o intercâmbio, a cidadania e a multiculturalidade.

Até 2022, vai ser realizado “um conjunto alargado” de iniciativas que juntam as escolas do ensino regular, do ensino profissional e artístico e as bibliotecas escolares.

O desafio é, segundo João Costa, criar “uma rede de escolas a nível mundial nas cidades tocadas na viagem de circum-navegação”.

“Queremos desenvolver aprendizagens na escola, que não são para além dos programas, mas são sim dar vida aos programas. Nós aqui cruzamos a geografia, com a história, com questões da gastronomia, das ciências, matemática. E, num momento em que falamos de flexibilidade curricular, são iniciativas por excelência para a concretizar”, salientou.

São 10 as iniciativas programadas: plataforma digital -- rede de escolas magalhânicas, intercâmbio de escolas magalhânicas, formação de docentes, navegar com a biblioteca escolar, sabores e aromas das viagens magalhânicas, há mais mundo com o ensino profissional, espetáculos de música e dança da rede de escolas magalhânicas, olimpíadas internacionais da biologia, ação internacional de formação de docentes e, por fim, desporto para todos -- uma viagem inclusiva sem fronteiras.

Depois, cada uma destas áreas desdobra-se em várias atividades.

O secretário de Estado destacou vários exemplos como a iniciativa navegar com a biblioteca escolar, que vai convidar os alunos a escrever sobre a circum-navegação, a fazer livros eletrónicos a propósito da viagem e a estabelecer redes de correspondência com as escolas magalhânicas.

“Uma das medidas da rede de bibliotecas escolares é também convidar os alunos a mandarem mensagens para Marte, através da NASA. Vamos levar os nossos alunos portugueses não só à volta do mundo, mas muito mais longe, até Marte”, salientou.

Os estudantes vão ser convidados a partilhar com as escolas a nível mundial os recursos educativos que eles próprios vão produzindo, os seus trabalhos, projetos, aplicações, sites, para que, por exemplo, quem está no Chile possa ter informação sobre aquilo que está a acontecer aqui.

“E hoje a comunicação é tão mais fácil, já não precisamos de ir de barco e podemos facilmente por estes alunos a conhecerem-se uns aos outros”, referiu o governante.