Madeira

Despovoamento do Norte coloca em risco paisagens humanizadas, alerta Emanuel Câmara

Fundos comunitários para “fixar pessoas”, defende Emanuel Câmara

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O presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz defendeu durante a abertura da V Missão de Cooperação Eco-Tur que os três municípios do Norte (Porto Moniz, São Vicente e Santana) juntamente com o Governo Regional devem aproveitar os fundos comunitários sobretudo para “fixarem as pessoas” às localidades onde existe um acentuado êxodo rural, problema que apontou ser “transversal” aos três concelhos. O autarca socialista teme que o despovoamento tenha consequências no abandono das “paisagens humanizadas”, um cartaz turístico da Madeira que “corre risco de desaparecer”, observou perante uma delegação composta por quatro dezenas de elementos oriundos dos Açores, Canárias, Cabo-Verde, Senegal e Mauritânia.

“É uma grande responsabilidade, não só as três Câmaras do Norte da ilha, como também o Governo Regional, têm neste momento em comum ou um futuro muito próximo, porque se não preservarmos ou não tivermos pessoas a viver no norte, corremos um risco muito grande de desaparecer essas paisagens humanizadas”, expressou vincando o seu sentimento de preocupação.

Tal como o DIÁRIO avança na sua edição impressa de hoje, o Porto Moniz será palco nos próximos três dias da ‘V Missão de Cooperação EcoTur’, um encontro que reúne as várias delegações oriundas Canárias, Açores, Cabo Verde, Senegal, Mauritânia e Madeira. Uma comitiva que traz alguns presidentes de Câmara, vereadores, directores e consultores, perfazendo uma comitiva de 40 pessoas. O município aproveita a presença destes autarcas para assinalar investimentos ligados à natureza, designadamente o Centro de BTT.