Madeira

“Não é verdade que seja apoiante de Luís Montenegro”, diz Sara Madruga da Costa

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Ao contrário de vozes dentro do PSD-M que davam que Sara Madruga da Costa era mais uma apoiante de Luís Montenegro, a deputada eleita à Assembleia da República garante que não está alinhada politicamente com nenhum dos três candidatos [Rui Rio, Luís Montenegro e Pinto de Luz], o trio que vai disputar a liderança do PSD, uma posição coincidente com a estratégia adoptada pela cúpula social-democrata, recordou.

“Não é verdade que seja apoiante de Luís Montenegro”, esclarece um dia depois do presidente da Mesa do Conselho Regional dos social-democratas madeirenses e apoiantes de Rui Rio, João Cunha e Silva ter recordado no espaço comentário ‘Três Pontos’ da TSF-Madeira o castigo aos três deputados madeirenses por estes terem furado a disciplina partidária quando foi votado o Orçamento Rectificativo ainda era Passos Coelho líder do partido. Um momento que gerou tensão internamente e que levou a instauração de processo disciplinar aos parlamentares madeirenses tendo Luís Montenegro como presidente do grupo parlamentar.

“Os que terão memória mais fresca lembrar-se-ão das votações [Orçamento Rectificativo] acontecidas no passado designadamente no tempo do governo de Passos Coelho, se calhar estão lembrados que os deputados da Madeira foram alvo de um processo disciplinar particularmente no seio do grupo parlamentar a que pertenciam. Ficaram com a sua militância suspensa e só recurso para o Tribunal Constitucional, metido pelos deputados da Madeira, levou a que aquele tribunal anulasse o processo”, afirmou em jeito de crítica aos microfones da radio.

Ora, a liderar o grupo parlamento social-democrata estava, recordou, “o ‘homem-de-mão’ de Passos Coelho”, nem mais nem menos que Luís Montenegro, um dos três candidatos a líder do PSD, pelo que, vincou, “se o PSD-M pretende negociar livremente com o Governo da República, talvez seja bom esperar que não seja este candidato a levar a melhor nas eleições internas do PSD”.

Sara Madruga da Costa e Paulo Neves eram na altura deputados que furaram a disciplina – Rubina Berardo também – de voto e são novamente os dois parlamentares que poderão ter de voltar a votar a favor de um Orçamento socialista. Esta manhã a parlamentar não quis comentar a eventual possibilidade de votar favoravelmente o Orçamento de Estado, preferindo clarificar de que lado está em relação aos candidatos: nenhum. Pelo menos para já.