Madeira

UMAR aponta caminho a percorrer

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No ano passado, o Dia Internacional dos Direitos Humanos celebrou o seu septuagésimo aniversário. Hoje, 71 anos depois, a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) “tem plena consciência, através do seu trabalho voluntário nas mais diversas áreas e do seu trabalho técnico nos projetos que integra, que o tema dos Direitos Humanos parece ser mais necessário que nunca”, refere numa nota de imprensa, após a iniciativa para assinalar a data.

“É certo que a evolução das sociedades trouxe consigo a própria evolução de mentalidades e consciencialização dos Estados e das pessoas para a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas, também, é certo que, ao longo da história da humanidade, retrocessos aconteceram e hoje, a caminho de 2020, encontramo-nos perante uma possível e lamentável alteração mundial, por conta do galgar de forças políticas, sociais e ideológicas de extrema-direita que fomentam o ódio, a discriminação e o preconceito no quotidiano das pessoas; para além dos inúmeros países em que viver sempre foi perigoso e os Direitos Humanos parecem ser uma miragem”

Foi a pensar nestas perguntas que a UMAR se propôs a elaborar um vídeo com uma cronologia da evolução dos direitos humanos na história, “nunca esquecendo o papel que as mulheres foram tendo ao longo dos séculos nessas mesmas conquistas”. “A História e a Memória podem ser mestras importantes para que não cometamos os mesmos erros. A História e a Memória devem ser contadas para que não nos esqueçamos da barbárie em que já vivemos”, acrescenta a UMAR.

“Neste dia, celebramos as conquistas alcançadas e, ao mesmo tempo, precisamos refletir sobre o caminho para que esta declaração seja efetivamente universal. Em 2018, 87 mil mulheres foram assassinadas no mundo todo. Lembremo-nos das 30 mulheres assassinadas, até à data, este ano, em contextos de violência de género, em Portugal”.

A UMAR, enquanto associação feminista, “levará, sempre, nas bases da sua atuação, todos estes pressupostos, para que os próximos tempos não sejam de recuos mas, sim, de afirmação de mentalidades mais justas, igualitárias, equitativas, responsáveis, ativas e participativas de uma cidadania democrática”.