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Estivadores exigem respeito pelas regras de contratação em Lisboa sob pena de paralisarem

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O sindicato dos estivadores pediu hoje à administração do grupo Yilport que respeite o contrato coletivo do setor e não contrate externamente trabalhadores para o porto de Lisboa, sob pena de pôr em causa a paz social.

O Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) enviou uma carta ao conselho de gerência da Yilport Lisboa - que detém a empresa Porlis - a convidá-lo a rever até segunda-feira a sua posição, relativamente a novas contratações, para evitar medidas de luta, nomeadamente paragens no porto de Lisboa.

Segundo o sindicato, este grupo empresarial está a violar o Acordo para a Operacionalidade do porto de Lisboa de 2016 ao contratar trabalhadores para os seus quadros fora do contingente que assegura atualmente o trabalho portuário.

O SEAL lembrou na carta que o acordo prevê que os operadores tinham de encontrar soluções para integrar os atuais trabalhadores e não podiam admitir terceiros durante a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho.

O mesmo motivo levou os estivadores do porto de Setúbal a aprovar, no final de outubro, em plenário, um pré-aviso de greve que irá afetar apenas a empresa Sadoport, também do grupo Yilport.

De acordo com o sindicato, a Sadoport pretende contratar um trabalhador que não pertence ao efetivo do porto de Setúbal, com um total de 180 trabalhadores, alguns deles precários há 25 anos.