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Reunir no PS a maioria de mudança

O Partido Socialista, como defende Paulo Cafôfo, apresenta-se hoje aos madeirenses como o partido da alternativa e não apenas como o maior partido da oposição. Nada será como dantes, depois destas históricas eleições, em que o PSD deixou de ser o partido hegemónico e absoluto que sempre foi e os madeirenses deram passos decisivos rumo a uma mudança política na região, apostando, cada vez com maior confiança, no projeto do Partido Socialista. Este crescimento eleitoral, sustentado, iniciou o seu percurso nas autárquicas de 2013, com Paulo Cafôfo a ganhar o município do Funchal, ainda com Alberto João em presidente do Governo, bem como as conquistas de Machico, do Porto Santo e do Porto Moniz, juntando-se, obviamente, a vitória em muitas freguesias por essa Madeira além. O excelente trabalho autárquico dos eleitos pelo Partido Socialista fez com que os madeirenses reforçassem as vitórias de quase todas estas mesmas Câmaras e juntas de freguesia em 2017, onde se destaca ainda a extraordinária vitória de Célia Pessegueiro na Câmara da Ponta do Sol, a primeira presidente de um município na história da nossa terra. Agora, em 2019, os eleitores madeirenses demonstraram que anseiam por uma verdadeira mudança na Madeira e ficou claro, quer pelo resultado das eleições, quer pelo pós-eleições, que o PS é o único partido capaz de promover a alternativa, como provam os resultados que obteve nas eleições Legislativas Regionais, com a eleição de um grupo parlamentar de 19 deputados e nas eleições nacionais, com a eleição de três deputados.

Nas últimas eleições legislativas regionais, os madeirenses retiraram a maioria absoluta ao PSD, e, pela primeira vez, colocaram esse partido em minoria face aos demais partidos e ao conjunto do universo de votantes. O PS conseguiu, assim, o objetivo que se propusera de demonstrar que havia uma maioria nesta nossa terra que já não queria que o poder fosse entregue absolutamente ao PSD, partido que hoje só é poder porque o CDS - entre o dilema da mudança ou da manutenção do velho poder e a dicotomia esquerda, direita - preferiu, como se essa fosse a questão axial numa terra submetida por um poder absoluto asfixiante, a matriz da ideologia, em vez da prova de fogo da alternância, que é a chave mãe da democracia. Se a opção é, formalmente, legítima, não pode deixar de ser e deve ser – e está a ser pelo homem da rua que votou assim! - questionada do ponto de visto político, porque, se numa democracia há várias leituras dialéticas que se podem fazer das escolhas eleitorais, a começar por quem está com o poder ou quem está com a oposição, na Madeira essa dicotomia concreta sempre se traduziu em quem quer a manutenção do PSD no poder, e quem o quer ver na Oposição, e entendo que foi com base nesta disjuntiva de quem queria ver o PSD na Oposição que se formou uma base absolutamente maioritária nas eleições regionais últimas.

O CDS fez a sua opção. O PS prosseguirá o caminho que, com Paulo Cafôfo, se iniciou em 2013. Encaramos a etapa atual como apenas um percalço com que os madeirenses não contavam na sua vontade bem clara de mudança para quem não viu a vista toldar-se por outros interesses. Recomeçaremos, depois deste passo, a luta democrática para dar aos madeirenses, mais perto de que muitos julgam, uma maioria política que traduza a maioria eleitoral de mudança que se formou e manifestou, sem equívocos, nas eleições regionais de 22 de setembro, e que se viu gorada, por terem prevalecido os interesses tático-partidárias, em vez do Interesse Regional, da alternância democrática e da alternativa de desenvolvimento. Não trairemos a História; não trairemos a Madeira, não vos trairemos, caros eleitores, porque nunca nos trairemos a nós mesmos, e havemos de concluir o percurso que Paulo Cafôfo iniciou e levará até ao fim, com a cooperação inestimável do atual líder do PS, Emanuel Câmara, com total abnegação. Havemos de reunir no PS a maioria de mudança de 22 de setembro e dar à Madeira, num Futuro bem próximo, a maioria política de mudança de que a Madeira precisa. Sob a égide de Paulo Cafôfo.