Fim do pesadelo
Terminada que foi aquela bagunçada, de bumbos e bailaricos, de promessas que mais pareciam futurologia feita por “bruxos” sem categoria e cotação, vistas e ouvidas um pouco por toda a nação, onde, muitas vezes, ficávamos sem saber se tudo aquilo se tratava de preparativos (antecipados) do Carnaval ou correspondia a um qualquer ritual de espiritismo ou “bruxedo” para espantar qualquer tipo de mal que porventura tivesse infestado todo este nosso triste Portugal.
Bom, mas terminada essa algazarra que todos os dias entravam pelas nossas casas adentro, (através dos vários órgãos de comunicação) sobre o que se passava cá e no continente, agora já podemos respirar de alívio, Graças a Deus e ao Santíssimo Sacramento. Terminaram as eleições (pois eram delas que se tratavam) e, como habitualmente, (quase) todos ficaram contentes. Lá (só) foram duas dezenas de partidos, porque, entretanto, não houve mais ninguém que acordasse de manhã, e se lembrasse ligar a um amigo a dizer que teve uma ideia brilhante de formar um novo partido.
Por cá foram 17 como podiam ter sido 27, 37 ou 47. Hoje é mais fácil “abrir” um partido do que um desses negócios de gelados que existem por todos os lados.
E - valha a verdade - candidatar-se para governar um País que anda a décadas a saque, as exigências não são muitas nem profundas. Desde que fale bem, tenha poder de “encaixe” seja um tanto ou quanto descarado, já está habilitado. Não precisa de muito saber, nem de ter muitos predicados e, muito menos, qualquer sentido de responsabilidade.
I. E aqui não estamos a mostrar “alhos com bugalhos” porque temos a consciência de que no meio de toda esta gente que tem governado o País houve e há pessoas cultas, integras e bem-intencionadas, mas como sempre estiveram e estão em nítida minoria, eis a razão deste nosso Portugal estar nesta situação degradante, a depender nitidamente de terceiros e o seu povo a viver um presente assente no “salve-se quem (e como) puder” e com um futuro pesaroso mais do que duvidoso.
II. Um País mergulhado na corrupção. Com graves problemas na SAUDE, na JUSTIÇA e na EDUCAÇÃO.
III. Um País desigual nas oportunidades, líder na precariedade do emprego, na solidariedade, em resumo total, em tudo o que se pode incluir na discriminação social.
IV. Um País que não tem presos políticos – o que é bom – mas tem as cadeias cheias de todo o tipo de malfeitores, deixando uma imagem preocupante de um País brutal, violento, primário e, tudo isto, imagine-se (e ainda bem) sem casos de terrorismo.
V. Para não falar dos muitos outros com crimes também horrendos mas que estão” cá fora” quando deviam estar” lá dentro”.
VI. Um País, inclusive, que tanto dá reformas de 200 ou 300 euros a quem descontou durante 30 anos de trabalho, como é capaz de dar 4 ou 5 mil euros a quem prestasse (voluntariamente e nem sempre bem) serviços ao Estado em meia dúzia de anos, com salários de fidalguia e prenhe de mordomias. Um método diferente de socialismo e democracia!
VII. Enfim, um País – ao que parece- cada vez melhor e mais apetecível para governar, mas cada vez pior para habitar e muito menos para trabalhar.
VIII. Porém, vamos deixar isto para trás e olhar (e pensar) para os novos governos e aquilo que de diferente nos podem dar.
IX. As suas constituições já nos vão dar as primeiras indicações.
X. Muito já haveria a questionar, desde os “tachos” e empregos encomendados a monopólios disfarçados, se isso irá continuar, mas é mais lógico e racional falar depois, pois tratar disso agora é andar com os “carros à frente dos bois”.
XI. Cada coisa em seu momento, mas é indispensável ficarmos, desde já, atentos.